Biografias Angela Davis: Luta, Direitos Civis e Feminismo Angela Davis se tornou um ícone da luta, militando pelos direitos das mulheres e dos direitos civis da população negra nos EUA! Biografias • Direitos Humanos • Idade Contemporânea • Períodos • Personalidades Autor: Eudes Bezerra Matéria criada em 28 janeiro 2021 Atualizada em 4 fevereiro 2021 6 minutos Angela Davis se tornou um ícone da luta, militando pelos direitos das mulheres e dos direitos civis da população negra nos EUA! Créditos: autoria desconhecida. Angela Davis ficou conhecida no mundo todo na década de 1970. Angela fez parte dos Panteras Negras e do Partido Comunista dos Estados Unidos, militando pelos direitos das mulheres, contra a discriminação social e racial e se tornou um ícone famoso, importante e polêmico nos Estados Unidos. Camiseta Preta de Angela Davis da Vestindo História. Estampa exclusiva! SUMÁRIO DE ANGELA DAVIS 1. Angela Davis: nascimento e vida pessoal ⠀⠀1.1 Adolescência e identificação com a militância ⠀⠀1.2 1960: Militância e participação dos movimentos negros 2. Vida profissional 3. Angela Davis: prisão e liberdade ⠀⠀3.1 Perseguida ⠀⠀3.2 “Libertem angela davis” ⠀⠀3.3 Inocência ⠀⠀3.4 Liberdade e fama 4. Polêmica com os russos 5. O legado de Angela Davis Referências ⠀⠀ 1. ANGELA DAVIS: NASCIMENTO E VIDA PESSOAL 1.1 Adolescência e identificação com a militância Foi na cidade de Birmingham, no Estado do Alabama, nos Estados Unidos, considerado um dos mais racistas, que Angela Davis nasceu em 26 de janeiro de 1944, e, desde a sua infância, foi obrigada a viver com humilhações devido a cor da sua pele. O hábito da leitura sempre esteve presente na vida de Angela, desde seus 14 anos de idade; por conta dessa característica, Angela participou de um intercâmbio com a escola. Desta forma, Angela passou a estudar em uma escola em Nova Iorque, a Greenwich Village, no norte dos Estados Unidos. Foi nessa escola que Angela adquiriu seus conhecimentos sobre o socialismo e o comunismo, sendo recrutada, posteriormente, para fazer parte de organizações comunistas criadas por estudantes jovens. ⠀ 1.2 1960: Militância e participação dos movimentos negros A participação de Angela nos movimentos negros e feministas começou em 1960, quando se tornou militante oficialmente e fazia parte das ações que aconteciam na sociedade norte-americana da época. Foi afiliada da SNCC de Stokely Carmichael e, posteriormente, se juntou a movimentos e organizações políticas famosas na época, o Black Power e os Panteras Negras. ⠀ 2. VIDA PROFISSIONAL Angela se tornou professora de filosofia da Universidade de California, porém, devido ao fato de participar dos Panteras Negras e de se associar ao partido comunista, foi demitida do cargo. A professora também fazia parte da frente que lutava pela resistência, mas que não era violenta. Na época, a sua demissão tornou-se uma evidência da hipocrisia sobre a liberdade de expressão estadunidense. A eterna luta de Angela Davis contra o preconceito. Créditos: autoria desconhecida / Fotomontagem: Eudes Bezerra. ⠀⠀ 3. ANGELA DAVIS: PRISÃO E LIBERDADE 3.1 Perseguida Foi em 1970 que Angela Davis começou a ser perseguida e fez parte da lista dos 10 criminosos mais perigosos dos Estados Unidos, sem prova, foi condenada à prisão. ⠀ 3.2 “Libertem Angela Davis” Após ser presa nos Estados Unidos, diversos protestos aconteceram para que Angela Davis fosse libertada. Os movimentos ficaram conhecidos como “Libertem Angela Davis” e foi de responsabilidade do grupo Panteras Negras, a organização dessas ações aconteceu por o todo país. O impacto desses movimentos foi grande. John Lennon e Yoko Ono gravaram a música “Angela” em homenagem a militante e a banda Rolling Stones não ficou de fora e lançaram o hit “Sweet Black Angel” como protesto. Manifestação pela soltura de Angela Davis em Boston, EUA. Créditos: Nick DeWolf. ⠀ 3.3 Inocência Em 1972, um júri repleto de pessoas brancas, definiu que a ativista era inocente, visto que as provas não possuíam fundamentos reais e mais se pareciam a censura e perseguição política. ⠀ 3.4 Liberdade e Fama Cuba foi o destino de Angela, durante certo tempo de sua vida, a ativista decidiu se influenciar pelos passos de alguns amigos famosos, como Huey Newton e Stokeli Carmichael. Os negros cubanos a receberam com bastante entusiasmo e Angela não pode dar o seu melhor em seu discurso de chegada. O impacto da militante para as pessoas negras que viviam em Cuba foi de grande importância, pois, na época, expressar a identidade racial em Cuba era algo bastante difícil de acontecer. As ideias de revolução propagadas por Angela foram identificadas pelo público negro cubano como uma ideia de libertação do medo de serem chamados de contrarrevolucionários pelo governo de Cuba. ⠀ 4. POLÊMICA COM OS RUSSOS Mais uma polêmica atingiu Angela Davis, em 1975, o russo Aleksandr Solzhenitsyn fez um discurso contra a ativista, nos Estados Unidos, e a chamou de hipócrita por simpatizar com a União Soviética. Aleksandr mencionou a carta de presos políticos checos, que foi endereçada a militante, nessa carta havia um pedido de socorro, os checos esperavam que a fama de Angela proporcionasse o livramento da perseguição do Estado. A carta também pedia para que houvesse uma denúncia das condições de sobrevivências na cadeia. O pedido de socorro foi feito, pois os missivistas, se sentiam na mesma posição injusta que Angela sofreu ao ser presa, já que eles não tinham culpa. Entretanto, Angela respondeu: “Eles merecem o que tiveram, que continuem na prisão!”, a frase foi bastante repercutida na época pela mídia. ⠀ 5. O LEGADO DE ANGELA DAVIS Em 1980 e 1984, Angela Davis foi candidata a vice-presidência dos Estados Unidos juntamente de Gus Hall, o presidente do Partido Comunista Americano, mas a votação foi irrisória. Sua vida política, militante e ativista continuou como escritora de vários livros e seu assunto mais recorrente é o sistema carcerário americano. Angela Davis em palestra, 2014. Créditos: Columbia GSAPP / Wikimedia Commons. Mesmo depois de presa, Angela Davis tornou-se uma professora de destaque. É notória a sua ligação com os assuntos: Estudos étnicos; História da consciência; História geral; Estudos Femininos. E já atuou em grandes universidades dos Estados Unidos e do mundo todo. Até hoje é uma forte voz e poderosa na militância e na política desde 1970, nunca deixou de praticar as suas atividades. Assuntos como a Guerra do Vietnã, a desigualdade de gênero, a pena de morte, o sexismo, a guerra ao terror de George W. Bush e o apoio a causas LGBTQ+ são questões levantadas pela professora. Angela não acredita que seja uma reformista prisional, mas uma abolicionista. Nas palestras em que a professora ministra, a militante fala do sistema carcerário norte-americano como um complexo industrial de prisões. Recentemente participou da Marcha das Mulheres que foi responsável por unir 3 milhões de pessoas por todo mundo. A marcha evidenciou as práticas políticas e posturas misóginas, sexistas e preconceituosas que foram propagadas pelo novo governo norte-americano. A marcha foi responsável por deixar bem claro que as opiniões racistas e xenófobas do governo não serão toleradas pela população, que será resistente. Nos dias de hoje, Angela é professora no Departamento de História da Universidade da Califórnia, aquela que a demitiu no passado por fazer parte do grupo Pantera Negras. Angela Davis já esteve no Brasil diversas vezes e discursou a convite de organizações não governamentais criadas e desenvolvidas por mulheres negras. Visite a loja virtual: www.vestindohistoria.com.br para conhecer as melhores camisetas com frases e estampas históricas e compartilhe esse texto com amigos em suas redes sociais! ⠀ REFERÊNCIA(S): Biography.com. Angela Davis Biography. Acesso em: 10 dez. 2020. Encyclopedia Britannica. Angela Davis – American Actvist. Acesso em: 08 dez. 2020. Encyclopedia Britannica. Angela Davis – Facts & Data. Acesso em: 10 dez. 2020. History.com. Angela Davis. Acesso em: 08 dez. 2020. IMAGEM(NS): Buscou-se informações para creditar a(s) imagem(ns), contudo, nada foi encontrado. Caso saiba, por gentileza, entrar em contato: contato@incrivelhistoria.com.br Eudes Bezerra37 anos, recifense, graduado em Direito e História. Diligencia pesquisas especialmente sobre Antiguidade, História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever, planejar e executar o que planeja. Tags usadas: mulheres históricas século xx Deixe um comentário Cancelar respostaO seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *Comentário * Nome E-mail Veja tambémCaporegime: Entre o Don e o gatilhoEstandarte do Espírito MongolSelo da câmara de TutancâmonO Príncipe Negro vence em Poitiers