Idade Contemporânea

Baleeiro do século XX e o auge da caça às baleias

Visando lucro, baleeiros de todo o planeta caçaram exaustivamente as baleias. Entretanto, apenas 10% do peso total do animal era aproveitado.


baleeiro com baleias mortas
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Autor: Eudes Bezerra
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baleeiro com baleias mortas
Baleeiro repleto de baleias mortas à espera da desossa, 1º de julho de 1905, em Spitsbergen, Noruega. Créditos: ©Hulton-Deutsch Collection/CORBIS. ID: HU020608.

Navio baleeiro de bandeira norueguesa fotografado na ilha de Spitsbergen, em 1º de julho de 1905. Spitsbergen é a maior ilha do arquipélago de Svalbard (território norueguês) e se situa ao norte da Escandinávia. Tal arquipélago serviu de base para grandes empreendimentos de caças às baleias e outros animais marinhos, sobretudo por noruegueses, dinamarqueses, ingleses, holandeses e franceses.

Na fotografia é possível ver diversas baleias (provavelmente já abatidas como de costume) à espera da desossa. No início do século XX, os navios baleeiros ainda não possuíam capacidade para trazê-las a bordo, assim, uma por uma, eram emparelhadas ao navio e realizado o desmembramento, sendo peça por peça içada à embarcação. Entretanto, estima-se que apenas 10% do peso total do animal era aproveitado, sendo o resto descartado.

Histórico

Por séculos, foram caçadas pelo “o óleo que era utilizado na iluminação pública, como lubrificante e na fabricação de sabão, margarinas, fertilizantes e tintas; gordura: utilizada na fabricação de cosméticos e medicamentos (especialmente em unguentos para dores de barriga); ossos: leves como os ossos dos peixes e resistentes como os dos mamíferos, eram os preferidos da indústria de móveis; barbatanas: graças a sua flexibilidade, eram utilizadas pela indústria da moda, de espartilhos, anáguas e sombrinhas; âmbar: retirado dos intestinos da baleia, era usado na indústria de perfume”. (MIRANDA, 2005, p. 8)

No fim do século XIX, os baleeiros, seguindo a evolução industrial naval, foram aperfeiçoados. Deixando as velas e o lançamento manual do arpão, passaram a ser movidos a vapor e a disparar seus arpões a partir de canhões. Com isso, o número de animais abatidos teria saltado de 2 mil, em 1900, para 20 mil em 1911.

Atualidade

Atualmente, há organizações não governamentais (ONGs) — como a Sea Sheperd — que trabalham em virtude da preservação dos cetáceos.

Além dos métodos mais diplomáticos para evitar ou minimizar a caça, há, por vezes, o “enfrentamento” em alto mar com técnicas bem específicas, como a utilização de “bombas de fedor” (irritam os caçadores e causam mal cheio à carne dos animais) e manobras de alto risco em que um barco é posto entre o baleeiro e a própria baleia — o que evita que o animal seja içado à embarcação e assim desmembrado.

REFERÊNCIAS:
Greenpeace. Greenpeace no Santuário Antártico, fotos da frota japonesa e do Artic Sunrise. Acesso em: 19 jul. 2013.
MIRANDA, Celso. A bordo de um baleeiro. Revista Aventuras na Hstória. São Paulo: Abril, n. 24, p.8-9, ago. 2005.
Organização Baleia Franca. A Matança. Acesso em: 19 jul. 2013.
WSPA Brasil. Caça às baleias: um fim desumano. Acesso em: 19 jul. 2013.
ROMERO, Luiz; DAVINO, Ricardo; GIOVANI, Carlo. Como funciona a caça aos caçadores. Acesso em: 19 jul. 2013.
Sea Sheperd Brasil Oficial. Acesso em: 25 jul. 2013.
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Eudes Bezerra

37 anos, recifense, graduado em Direito e História. Diligencia pesquisas especialmente sobre Antiguidade, História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever, planejar e executar o que planeja.

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