
Em 13 de agosto de 1521, após uma longa e sangrenta batalha entre espanhóis e astecas, a suntuosa capital do império ameríndio, Tenochtitlán, sucumbiu diante as forças espanholas comandadas pelo conquistador Hernán Cortez.
A invasão consumada arruinou a tradição asteca, enriqueceu os cofres da coroa espanhola e escancarou as portas da porção centro-sul do continente americano aos insaciáveis desbravadores e conquistadores europeus.
A derradeira batalha do império americano foi uma ação de cerco e teria durado aproximadamente três meses, quando Cortez, auxiliado por milhares de aliados indígenas inimigos dos astecas, cortou as rotas de suprimentos de Tenochtitlán, ao passo que impediu a saída de seus habitantes e iniciou um bombardeio marítimo à mesma.
Cortez, astuciosamente, dividiu suas forças em terrestres e anfíbias (“aquáticas”): em terra, três grandes frentes de combate foram dispostas e ficaram sob o comando de conquistadores (soldados espanhóis); nos rios que circundavam a capital em Estado de Sítio, o comandante espanhol liderou uma frota de barcos especialmente desenvolvidos para o cerco: eram pequenos, versáteis e bem defendidos contra as flechas astecas, além do poder de fogo diferenciado: cada unidade estava armada com arqueiros indígenas aliados e um canhão espanhol.
O resultado esperado pelos espanhóis finalmente chegou, quando o chefe asteca, Cuautémoc, foi rendido e levado ao encontro de Hernán Cortez. O asteca teria chorado e lamentado: “Não posso mais. Fui trazido diante de você como prisioneiro. Tire sua adaga do cinto e me mate imediatamente”.
Cortez ordenou que seus subalternos que o aprisionassem, para depois torturá-lo em virtude de saber se existiam ou não estoques de ouro escondidos, ocasião em que finalmente executou o último líder asteca.
Os números de mortos são gerais e se calcula que, unindo as baixas dos dois lados, aproximadamente duzentos mil ameríndios tenham sido mortos, o que gerou um forte cheiro de carne podre que teria incomodado o próprio Cortez…
… Mas o conquistador ibero sabia: era o cheiro da conquista.