Brasil Cadeira inquisitória da Santa Inquisição Destinada aos suplícios da carne, a monstruosa cadeira inquisitória foi largamente empregada como meio de se obter a confissão dos chamados "hereges". Brasil • Colônia • Idade Média • Períodos • Religião Autor: Eudes Bezerra Matéria criada em 27 junho 2014 Atualizada em 16 março 2019 2 minutos Exemplar da monstruosa cadeira inquisitória. Créditos: autoria desconhecida. De uso simples, a cadeira inquisitória se traduziu em um dos mais dolorosos meios de se chegar a um fim. Mediante brutal violência, a vítima era forçada a sentar na cadeira à qual era aprisionada por tiras de couros ou peças de metais que garantiam sua permanência. O torturado era submetido às milhares de pontas metálicas (às vezes de madeiras) que, fixadas por todo arcabouço do aparato, perfuravam seu corpo. Destinada aos suplícios da carne, a cadeira inquisitória foi largamente empregada pela Inquisição como meio de se obter a confissão dos chamados hereges. No entanto, seu uso não se restringiu ao órgão religioso da Idade Média. Caso o inquisidor não lograsse êxito (ou mesmo não estivesse de “bom humor”), poderia extrapolar a dosagem de dor ao acender pequena fogueira no compartimento metálico abaixo da cadeira — levando o torturado à dor flamejante e desespero indescritível, ao sentir o cheiro da própria carne queimando ao ser perfurada pelos dentes de aço do engenho. Inquisição é o termo genérico que se atribuía ao conjunto de instituições com objetivos semelhantes e que atuavam sob a égide da igreja, para combater a heresia (quaisquer ideias divergentes às da igreja). Os métodos de tortura foram adotados e aperfeiçoados no decorrer do tempo em busca da mais “eficiente” confissão e afins. O uso ou não da técnica, embora largamente empreendida, não encontrou uniformidade nos reinos europeus — e, quando praticados, costumavam variar de nação para nação, ou mesmo de cidades para cidades. No Brasil, a Inquisição desempenhou papel significativo. Tendo início ainda no século XVI (século do “Descobrimento”), manteve-se forte até às duras críticas/reformas da era pombalina (1750-77). Encontrou oficialmente seu fim em 1821 por ocasião da abolição do Tribunal do Santo Ofício. A prática desse tipo de brutalidade, sobretudo pela inquisição ibera (Espanha e Portugal), cedo ou tarde, parece ter sido utilizada por “todos” os povos ao longo da História visando fins similares aos da Inquisição, embora revestidas de concepções distintas — quando não por motivos meramente cruéis, como a simples e arbitrária punição. REFERÊNCIAS: ANGELO, Vitor Amorim de. Período pombalino: Administração de Pombal deixou marcas. Acesso em: 14 jul. 2013. FERNANDES, Dirce Lorimier. A Inquisição na América Durante a União Ibérica (1580-1640). São Paulo: Arké, 2004. Interconect/Pontes. A tortura na Santa Inquisição. Acesso em: 14 jul. 2013. WHITE, Matthew. O grande livro das coisas horríveis: a crônica definitiva das cem piores atrocidades da história. trad. Sergio Moraes Rego. Rio de Janeiro: Rocco, 2013. IMAGEM(NS): Buscou-se informações para creditar a(s) imagem(ns), contudo, nada foi encontrado. Caso saiba, por gentileza, entrar em contato: contato@incrivelhistoria.com.br Eudes Bezerra37 anos, recifense, graduado em Direito e História. Diligencia pesquisas especialmente sobre Antiguidade, História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever, planejar e executar o que planeja. Tags usadas: crimes contra a humanidade terra brasilis Deixe um comentário Cancelar respostaO seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *Comentário * Nome E-mail Veja tambémCaporegime: Entre o Don e o gatilhoBombardeio com as mãos na Grande GuerraEstandarte do Espírito MongolSelo da câmara de Tutancâmon