
Frank Sinatra, ator e cantor norte-americano descendente de italianos e eterno ídolo de diversas gerações. Astro de filmes e inesquecíveis canções que embalaram – e continuam a embalar – casais apaixonados. Dono de diversos prêmios internacionais e com o nome cravado na Calçada da Fama de Hollywood. Uma lenda. Frank, como muitos outros astros, também possuía suas ligações com a Máfia Ítalo-Americana – Cosa Nostra.<
Ao longo da carreira, Frank teve seu nome associado à máfia diversas vezes. Após sua morte, em 1998, sua filha, Tina Sinatra, fez revelações do envolvimento do pai com a máfia, incluindo esquemas de mútua ajuda na campanha presidencial de John Kennedy contra Nixon.
Dentre os fotografados, destaca-se Carlo Gambino (Don Gambino) que, além de fã de Sinatra, era seu amigo. Gambino foi o mafioso mais poderoso dos EUA em meados de 1960-70 e, já idoso, transferiu seu império do crime para “Big Paul” Castellano (1º em pé da fotografia). Frank Sinatra possuía amizade com outros chefões, como Charlie “Lucky” Luciano (o grande sistematizador da Cosa Nostra), Meyer Lansky (dito como o mais genial) e Albert Anastasia (sádico assassino), inclusive, Frank teria sido fotografado com estes na Conferência Nacional da Máfia ocorrida em Havana (Cuba), em 1946.
Ainda hoje há diversas polêmicas envolvendo Frank Sinatra à máfia. O respaldo é tanto que, em O Poderoso Chefão, o personagem Johnny Fontane teria sido inspirado nele. As semelhanças, de fato, são imensas e a obra literária de Mario Puzo, eternizada no cinema pela trilogia de Francis Coppola, expõe diversas histórias semelhantes a fatos reais, embora não se tente comprovar a ligação. O FBI detém mais de duas mil páginas a respeito de diversos casos da vida de Sinatra.
Frank Sinatra, sem dúvida, viveu em uma época extraordinária e foi cercado por homens extraordinários. Muito do “glamour decadente” norte-americano decorre do cotidiano dos mafiosos. E, embalados pelas músicas de Frank, muitos mataram , viveram e morreram impondo seu jeito, fazendo tudo do seu jeito.
Responsável por inspirar determinação em homens e mulheres, a canção “My Way” (Meu Jeito), entre outras, às vezes é associada ao fim do “homem-feito” (“aquele que não se submete às regras do Estado nem às da sociedade”). E, como alguém que personificou o estilo de sua época, Frank teria que ser glorioso e orgulhoso.