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Geocentrismo e Heliocentrismo: diferenças (Resumo)

Geocentrismo e Heliocentrismo: o Geocentrismo diz que a Terra era o centro do Universo. O Heliocentrismo, por sua vez, que o Sol é o centro do sistema solar.


Geocentrismo e Heliocentrismo diferenças
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Autor: Eudes Bezerra
5 minutos
Geocentrismo e Heliocentrismo diferenças
Geocentrismo e Heliocentrismo: o Geocentrismo diz que a Terra era o centro do Universo. O Heliocentrismo, por sua vez, que o Sol é o centro do sistema solar. Créditos: autoria desconhecida, Biblioteca Nacional da Suécia / Montagem: Eudes Bezerra.

Geocentrismo e Heliocentrismo representam as formas como o planeta Terra se encontrava no sistema solar. Enquanto o Geocentrismo afirmava que a Terra era o centro do Universo, o Heliocentrismo apontou para o Sol como verdadeiro astro-rei.

Matéria rápida e que traz um pouco do contexto da época, as diferenças entre Geocentrismo e Heliocentrismo e um caso prático para melhor ilustrar a importância do Renascimento Cultural e da vigente Teoria do Heliocentrismo.

Boa leitura!

SUMÁRIO DO GEOCENTRISMO E HELIOCENTRISMO

1. Renascimento Cultural: reflexões sobre a sociedade e o mundo
2. Qual a diferença entre Geocentrismo e Heliocentrismo
⠀⠀2.1 O que é Geocentrismo?
⠀⠀2.2 O que é Heliocentrismo?
3. Caso prático: as Grandes Navegações
Referências

1. RENASCIMENTO CULTURAL: REFLEXÕES SOBRE A SOCIEDADE E O MUNDO

Fato marcante no Renascimento de uma forma geral, as reflexões sobre os mais diversos aspectos tomaram impulsos e de forma gradual desmitificaram os dogmas da Igreja Católica (instituição de maior poder da Idade Média).

Inquietações do ser humano, como a falsa ideia da Terra ser plana e mesmo o nosso planeta ser o centro do Universo, municiaram questionamentos acerca do misticismo e da sensação de medo que provocava.

Medo como no caso da Terra ser plana e existir o abismo ao se chegar no horizonte, assim como bestas e feras gigantescas que poderiam engolir embarcações inteiras, tornando somente a terra firme segura.

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O astrônomo Nicolau Copérnico, o primeiro a fundamentar a teoria de que o Sol era o centro do sistema solar (Heliocentrismo). Créditos: Jan Matejko , Museu da Universidade Jagiellonian, Cracóvia, Polônia.

2. QUAL A DIFERENÇA ENTRE GEOCENTRISMO E HELIOCENTRISMO

2.1 O que é Geocentrismo?

Como já supramencionado, o conceito de que a Terra era o centro do Universo era o pressuposto máximo do Geocentrismo.

Ideia esta que provinha desde a Grécia Antiga, quando Aristóteles e outros colocavam a Terra como centro do Universo (isso por volta do século IV antes de Cristo).

Não se tem uma data certa para se decretar o fim geocentrismo, mas se pode dizer que, quando o poder da Igreja Católica já não era mais absoluto, abertamente se começou a pregar o enfrentamento.

Para Igreja Católica se fazia importante mostrar que a Terra era o centro do Universo. Importante porque possuía uma estrutura poderosíssima, sobretudo no Medievo.

Isto é, se a Terra era o centro do Universo e o ser humano foi feito à imagem e semelhança de Deus, a Igreja, por sua vez e com todo o seu poder, estaria legitimada como centro do Universo indiretamente.

A Igreja Católica, por sua vez, só teria acatado a teoria do Heliocentrismo em 1922, já em pleno século XX.

2.2 O que é Heliocentrismo?

Através de pensadores como Nicolau Copérnico (1473–1543) e Galileu Galilei (1564–1642), comprovadamente, mostraram que as postulações geocêntricas estavam equivocadas, parindo o Heliocentrismo.

Isso só foi possível devido senso crítico e contestador de diversos pensadores que desde a Antiguidade.

Pensadores, como o próprio Aristóteles que se dedicou à questão, mesmo estando errado. Frequentemente se faz necessária uma grande quantidade de erros para se conseguir acertos.

O próprio Galileu, sob risco de pena de morte no tribunal da Santa Inquisição, negou a teoria de Nicolau Copérnico (heliocentrista) apenas para não ser morto.

Galileu, entretanto, sabia que o tempo do Geocentrismo chegaria o fim cedo ou tarde.

Entre outros estudos de relevante destaque, incluindo iluministas, encontram-se manifestações revolucionárias como:

  • O método racionalista de René Descartes (1596–1650;
  • O empirismo de John Locke (1632–1704);
  • Método experimental de Francis Bacon (1561–1626); e
  • Lei da Gravitação Universal de Isaac Newton (1643–1727).

3. CASO PRÁTICO: AS GRANDES NAVEGAÇÕES

Uma aparentemente estranha e distante relação permeia a visão geocêntrica com o período conhecimento como Grandes Navegações ou mesmo Era dos Descobrimentos (por parte dos europeus).

Com o Geocentrismo, o horizonte se mostrava plano e repleto de monstros marinhos, sendo proibitivo e ameaçador, mas o questionamento do mundo natural e principalmente as experimentações humanas lograram avanços científicos.

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Representações de monstros marinhos limitavam a navegação, restringindo, ou mesmo proibindo, o desenvolvimento e o conhecimento acerca do planeta. Créditos: Biblioteca Nacional da Suécia.
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Monstros marinhos entre a Islândia e a Noruega, sendo por vezes muito maiores que os próprios países. Créditos: Olaus Magnus.

Inovações ou aprimoramentos de instrumentos náuticos, como a bússola e o astrolábio, não apenas comprovaram literalmente que a Terra era redonda,  também como se criaram cartas náuticas, mapas territoriais e o melhor entendimento da navegação como um todo.

Para o estado unificado de Portugal, o Renascimento teve como marca registrada o pioneirismo nas Grandes Navegações e isso, de forma geral, é apenas um dos inúmeros reflexos que trazidos pelo Renascimento.

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As tantas embarcações, como as famosas caravelas portuguesas, foram os resultados de estudos e métodos experimentados. Créditos: Autoria desconhecida / Frota de Cabral ao sair do rio Tejo, em Portugal.

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REFERÊNCIA(S):

BRAICK, Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 3ª ed. reform. e atual. São Paulo: Moderna, 2007.
MICELI, Paulo. História Moderna. 4ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2020.
SILVA, Marcelo Cândido da. História Medieval. 1. ed., 2ª reimpressão. Coleção História na universidade. São Paulo: Contexto, 2010.
SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos. 3. ed., 9ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2020.
VINCENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2002.
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Eudes Bezerra

37 anos, recifense, graduado em Direito e História. Diligencia pesquisas especialmente sobre Antiguidade, História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever, planejar e executar o que planeja.

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