Curiosidades e Listas Geocentrismo e Heliocentrismo: diferenças (Resumo) Geocentrismo e Heliocentrismo: o Geocentrismo diz que a Terra era o centro do Universo. O Heliocentrismo, por sua vez, que o Sol é o centro do sistema solar. Curiosidades e Listas • Idade Contemporânea • Idade Média • Períodos Autor: Eudes Bezerra Matéria criada em 1 abril 2021 5 minutos Geocentrismo e Heliocentrismo: o Geocentrismo diz que a Terra era o centro do Universo. O Heliocentrismo, por sua vez, que o Sol é o centro do sistema solar. Créditos: autoria desconhecida, Biblioteca Nacional da Suécia / Montagem: Eudes Bezerra. Geocentrismo e Heliocentrismo representam as formas como o planeta Terra se encontrava no sistema solar. Enquanto o Geocentrismo afirmava que a Terra era o centro do Universo, o Heliocentrismo apontou para o Sol como verdadeiro astro-rei. Matéria rápida e que traz um pouco do contexto da época, as diferenças entre Geocentrismo e Heliocentrismo e um caso prático para melhor ilustrar a importância do Renascimento Cultural e da vigente Teoria do Heliocentrismo. Boa leitura! SUMÁRIO DO GEOCENTRISMO E HELIOCENTRISMO 1. Renascimento Cultural: reflexões sobre a sociedade e o mundo 2. Qual a diferença entre Geocentrismo e Heliocentrismo ⠀⠀2.1 O que é Geocentrismo? ⠀⠀2.2 O que é Heliocentrismo? 3. Caso prático: as Grandes Navegações Referências ⠀ 1. RENASCIMENTO CULTURAL: REFLEXÕES SOBRE A SOCIEDADE E O MUNDO Fato marcante no Renascimento de uma forma geral, as reflexões sobre os mais diversos aspectos tomaram impulsos e de forma gradual desmitificaram os dogmas da Igreja Católica (instituição de maior poder da Idade Média). Inquietações do ser humano, como a falsa ideia da Terra ser plana e mesmo o nosso planeta ser o centro do Universo, municiaram questionamentos acerca do misticismo e da sensação de medo que provocava. Medo como no caso da Terra ser plana e existir o abismo ao se chegar no horizonte, assim como bestas e feras gigantescas que poderiam engolir embarcações inteiras, tornando somente a terra firme segura. O astrônomo Nicolau Copérnico, o primeiro a fundamentar a teoria de que o Sol era o centro do sistema solar (Heliocentrismo). Créditos: Jan Matejko , Museu da Universidade Jagiellonian, Cracóvia, Polônia. ⠀⠀ 2. QUAL A DIFERENÇA ENTRE GEOCENTRISMO E HELIOCENTRISMO 2.1 O que é Geocentrismo? Como já supramencionado, o conceito de que a Terra era o centro do Universo era o pressuposto máximo do Geocentrismo. Ideia esta que provinha desde a Grécia Antiga, quando Aristóteles e outros colocavam a Terra como centro do Universo (isso por volta do século IV antes de Cristo). Não se tem uma data certa para se decretar o fim geocentrismo, mas se pode dizer que, quando o poder da Igreja Católica já não era mais absoluto, abertamente se começou a pregar o enfrentamento. Para Igreja Católica se fazia importante mostrar que a Terra era o centro do Universo. Importante porque possuía uma estrutura poderosíssima, sobretudo no Medievo. Isto é, se a Terra era o centro do Universo e o ser humano foi feito à imagem e semelhança de Deus, a Igreja, por sua vez e com todo o seu poder, estaria legitimada como centro do Universo indiretamente. A Igreja Católica, por sua vez, só teria acatado a teoria do Heliocentrismo em 1922, já em pleno século XX. ⠀ 2.2 O que é Heliocentrismo? Através de pensadores como Nicolau Copérnico (1473–1543) e Galileu Galilei (1564–1642), comprovadamente, mostraram que as postulações geocêntricas estavam equivocadas, parindo o Heliocentrismo. Isso só foi possível devido senso crítico e contestador de diversos pensadores que desde a Antiguidade. Pensadores, como o próprio Aristóteles que se dedicou à questão, mesmo estando errado. Frequentemente se faz necessária uma grande quantidade de erros para se conseguir acertos. O próprio Galileu, sob risco de pena de morte no tribunal da Santa Inquisição, negou a teoria de Nicolau Copérnico (heliocentrista) apenas para não ser morto. Galileu, entretanto, sabia que o tempo do Geocentrismo chegaria o fim cedo ou tarde. Entre outros estudos de relevante destaque, incluindo iluministas, encontram-se manifestações revolucionárias como: O método racionalista de René Descartes (1596–1650; O empirismo de John Locke (1632–1704); Método experimental de Francis Bacon (1561–1626); e Lei da Gravitação Universal de Isaac Newton (1643–1727). ⠀ 3. CASO PRÁTICO: AS GRANDES NAVEGAÇÕES Uma aparentemente estranha e distante relação permeia a visão geocêntrica com o período conhecimento como Grandes Navegações ou mesmo Era dos Descobrimentos (por parte dos europeus). Com o Geocentrismo, o horizonte se mostrava plano e repleto de monstros marinhos, sendo proibitivo e ameaçador, mas o questionamento do mundo natural e principalmente as experimentações humanas lograram avanços científicos. Representações de monstros marinhos limitavam a navegação, restringindo, ou mesmo proibindo, o desenvolvimento e o conhecimento acerca do planeta. Créditos: Biblioteca Nacional da Suécia. Monstros marinhos entre a Islândia e a Noruega, sendo por vezes muito maiores que os próprios países. Créditos: Olaus Magnus. Inovações ou aprimoramentos de instrumentos náuticos, como a bússola e o astrolábio, não apenas comprovaram literalmente que a Terra era redonda, também como se criaram cartas náuticas, mapas territoriais e o melhor entendimento da navegação como um todo. Para o estado unificado de Portugal, o Renascimento teve como marca registrada o pioneirismo nas Grandes Navegações e isso, de forma geral, é apenas um dos inúmeros reflexos que trazidos pelo Renascimento. As tantas embarcações, como as famosas caravelas portuguesas, foram os resultados de estudos e métodos experimentados. Créditos: Autoria desconhecida / Frota de Cabral ao sair do rio Tejo, em Portugal. Gostou? Curta, comente e compartilhe esse artigo em suas redes sociais! Conhece a nossa loja, a Vestindo História? É uma ótima opção para quem procura por camisetas com frases e imagens históricas! ⠀ REFERÊNCIA(S): BRAICK, Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 3ª ed. reform. e atual. São Paulo: Moderna, 2007. MICELI, Paulo. História Moderna. 4ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2020. SILVA, Marcelo Cândido da. História Medieval. 1. ed., 2ª reimpressão. Coleção História na universidade. São Paulo: Contexto, 2010. SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos. 3. ed., 9ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2020. VINCENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2002. IMAGEM(NS): Buscou-se informações para creditar a(s) imagem(ns), contudo, nada foi encontrado. Caso saiba, por gentileza, entrar em contato: contato@incrivelhistoria.com.br Eudes Bezerra37 anos, recifense, graduado em Direito e História. Diligencia pesquisas especialmente sobre Antiguidade, História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever, planejar e executar o que planeja. Tags usadas: modernidade renascimento e iluminismo Deixe um comentário Cancelar respostaO seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *Comentário * Nome E-mail Veja tambémCaporegime: Entre o Don e o gatilhoBombardeio com as mãos na Grande GuerraEstandarte do Espírito MongolSelo da câmara de Tutancâmon