
Além de reconhecidos como bons mensageiros e símbolo da paz, os pombos também serviram ao homem como fotógrafos aéreos, ainda que a qualidade das câmeras de sua época áurea de registros fosse limitada. A invenção recai sobre o alemão Júlio Neubronner que a patenteou em 1908. Seu dispositivo funcionava mediante mecanismo de tempo, que disparava uma sequência de cliques algum tempo após a ave alçar voo.
Neubronner, apresentando-se em diversos países e tomando grande notoriedade internacional para si, desenvolveu a tecnologia após fazer entregas de medicamentos na Alemanha através de pombos, ocasião em que o médico percebeu que pequenas câmeras também poderiam ser alocadas aos animais para captura de imagens aéreas.

Créditos: Museu do Ar e Espaço, Washington, D.C., Estados Unidos.
O invento barateou e popularizou o preço das fotografias, porquanto o emprego de balões de ar quente demandava relevante soma de capital, diferentemente dos pombos que faziam o trabalho rápido, barato e sem dependência do vento e clima, mesmo que o mecanismo funcionasse com temporizador. Júlio Neubronner também angariou grande fortuna com a venda de cartões postais.
Com fotografias fiéis em mãos, os mapas se tornaram mais elaborados e técnicos, o que, por exemplo, tornou mais fácil visualizar e planejar os processos de arquitetura e urbanização das cidades, assim como encontrar a exata localização e identificação das unidades inimigas durante a guerra.
Confira algumas das fotos de Neubronner:

Créditos> Arquivo Federal Alemão, ID: 183-R01996.

Créditos: Museu do Ar e Espaço, Washington, D.C., Estados Unidos.

Créditos: Museu do Ar e Espaço, Washington, D.C., Estados Unidos.

Créditos: Museu do Ar e Espaço, Washington, D.C., Estados Unidos.