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Armas Históricas

Pombo-correio, como ele entrega as mensagens?

Atualmente conhecido como um dos símbolos da paz, o pombo vem servindo como eficiente mensageiro desde a Antiguidade. Saiba como o pombo-correio opera.


dois soldados britânicos soltando pombo-correio
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Escrito por Eudes Bezerra
Leitura: 2 minutos
pombo-correio
Exemplar de pombo-correio. Créditos: EUA Army Signal Corps Carrier Pigeon. Sem data. Coleção Gendreau. BPA2 # 2933. © Bettmann/CORBIS

Atualmente conhecidos como um dos símbolos da paz, o pombo está diretamente incluídos no cotidiano do homem desde a Antiguidade. De lá para cá, entre outras atividades, destacou-se como excelente mensageiro, principalmente na guerra onde encontrou um velho inimigo natural — o falcão.

É difícil precisar a origem exata da utilização da ave como pombo-correio. Entretanto, há antigos registros atestando a domesticação e o efetivo emprego como mensageiro. Os persas criavam e utilizavam pombos como meio de comunicação entre diversas cidades, os gregos para avisar os resultados dos jogos olímpicos e a derrota de Napoleão Bonaparte teria sido transmitida por aves que partiram da atual Bélgica para Inglaterra.

Entregando mensagens com precisão

O emprego da ave decorre da sua incrível capacidade de retorno ao ninho (local de nascimento). Por possuir avançados “instrumentos de navegação”, é transportada em gaiola para localidade distante e, quando necessário, a mensagem é presa ao seu corpo logo sendo liberada para voar. Instintivamente, a ave retornará ao seu ninho.

dois soldados britânicos soltando pombo-correio
Soldados britânicos soltando pombo-correio na França, durante a Primeira Guerra Mundial. Créditos: The Art Archive Londres.

Características da ave

Dependendo da direção e intensidade do vento e da espécie de pombo, a velocidade do mensageiro animal varia entre 60 e 100 km/h, podendo percorrer até mil quilômetros por dia. Com o adestramento (Columbofilia) é possível potencializar bastante sua capacidade de navegação.

O antivírus: o falcão

No entanto, quando na guerra, a criação de algo acarreta posterior invento que minimize ou anule o efeito do primeiro — relação vírus versus antivírus — e com os pombos militares não foi diferente: desejando interceptar as mensagens, falcões voaram para guerra rapidamente logrando êxito.

Superior em velocidade, desenvoltura e em ferocidade, a ave de rapina adestrada (falcoaria) muitas vezes matava o pombo ainda no ar e o trazia para o chão (com a mensagem interceptada).

Atualmente

Atualmente, muitos países — como Portugal e Alemanha — ainda treinam pombos, precavendo-se de possíveis catástrofes em que a tecnologia não seja mais útil. Também há países que a preferência pelo pombo-correio supera qualquer outra prática esportiva, como na Bélgica.

REFERÊNCIAS:
CABRAL, Danilo Cezar. Como o pombo-correio sabe para onde levar a encomenda?. Acesso em: 15 ago. 2013.
GILBERT, Adrian. Enciclopédia das Guerras: Conflitos Mundiais Através do Tempo. trad. Roger dos Santos. São Paulo: M. Books, 2005.
GORZONI, Priscila. Animais nas Guerras: A força do exército de bichos nas grandes batalhas da História. São Paulo: Matrix, 2010.
KOBAYASHI, Eliza. Como o pombo-correio sabe para onde ele deve levar a mensagem?. Acesso em: 15 ago. 2013.
MARTON, Fábio. A fauna das trincheiras. Revista Aventuras na História, São Paulo, n. 87, p. 50-55, out., 2010.
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Eudes Bezerra

35 anos, pernambucano arretado, bacharel em Direito e graduando em História. Diligencia pesquisas especialmente sobre História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever, planejar e principalmente executar o que planeja. Na Internet, atua de despachante a patrão, enfatizando a criação de conteúdo.

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