Armas Históricas Pombo-correio, como ele entrega as mensagens? Atualmente conhecido como um dos símbolos da paz, o pombo vem servindo como eficiente mensageiro desde a Antiguidade. Saiba como o pombo-correio opera. Armas Históricas • Curiosidades e Listas • Idade Antiga • Idade Contemporânea • Idade Média • Idade Moderna • Períodos Autor: Eudes Bezerra Matéria criada em 18 outubro 2013 Atualizada em 16 março 2019 2 minutos Exemplar de pombo-correio. Créditos: EUA Army Signal Corps Carrier Pigeon. Sem data. Coleção Gendreau. BPA2 # 2933. © Bettmann/CORBIS Atualmente conhecidos como um dos símbolos da paz, o pombo está diretamente incluídos no cotidiano do homem desde a Antiguidade. De lá para cá, entre outras atividades, destacou-se como excelente mensageiro, principalmente na guerra onde encontrou um velho inimigo natural — o falcão. É difícil precisar a origem exata da utilização da ave como pombo-correio. Entretanto, há antigos registros atestando a domesticação e o efetivo emprego como mensageiro. Os persas criavam e utilizavam pombos como meio de comunicação entre diversas cidades, os gregos para avisar os resultados dos jogos olímpicos e a derrota de Napoleão Bonaparte teria sido transmitida por aves que partiram da atual Bélgica para Inglaterra. Entregando mensagens com precisão O emprego da ave decorre da sua incrível capacidade de retorno ao ninho (local de nascimento). Por possuir avançados “instrumentos de navegação”, é transportada em gaiola para localidade distante e, quando necessário, a mensagem é presa ao seu corpo logo sendo liberada para voar. Instintivamente, a ave retornará ao seu ninho. Soldados britânicos soltando pombo-correio na França, durante a Primeira Guerra Mundial. Créditos: The Art Archive Londres. Características da ave Dependendo da direção e intensidade do vento e da espécie de pombo, a velocidade do mensageiro animal varia entre 60 e 100 km/h, podendo percorrer até mil quilômetros por dia. Com o adestramento (Columbofilia) é possível potencializar bastante sua capacidade de navegação. O antivírus: o falcão No entanto, quando na guerra, a criação de algo acarreta posterior invento que minimize ou anule o efeito do primeiro — relação vírus versus antivírus — e com os pombos militares não foi diferente: desejando interceptar as mensagens, falcões voaram para guerra rapidamente logrando êxito. Superior em velocidade, desenvoltura e em ferocidade, a ave de rapina adestrada (falcoaria) muitas vezes matava o pombo ainda no ar e o trazia para o chão (com a mensagem interceptada). Atualmente Atualmente, muitos países — como Portugal e Alemanha — ainda treinam pombos, precavendo-se de possíveis catástrofes em que a tecnologia não seja mais útil. Também há países que a preferência pelo pombo-correio supera qualquer outra prática esportiva, como na Bélgica. REFERÊNCIAS: CABRAL, Danilo Cezar. Como o pombo-correio sabe para onde levar a encomenda?. Acesso em: 15 ago. 2013. GILBERT, Adrian. Enciclopédia das Guerras: Conflitos Mundiais Através do Tempo. trad. Roger dos Santos. São Paulo: M. Books, 2005. GORZONI, Priscila. Animais nas Guerras: A força do exército de bichos nas grandes batalhas da História. São Paulo: Matrix, 2010. KOBAYASHI, Eliza. Como o pombo-correio sabe para onde ele deve levar a mensagem?. Acesso em: 15 ago. 2013. MARTON, Fábio. A fauna das trincheiras. Revista Aventuras na História, São Paulo, n. 87, p. 50-55, out., 2010. Eudes Bezerra37 anos, recifense, graduado em Direito e História. Diligencia pesquisas especialmente sobre Antiguidade, História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever, planejar e executar o que planeja. Tags usadas: animais na história Deixe um comentário Cancelar respostaO seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *Comentário * Nome E-mail Veja tambémCaporegime: Entre o Don e o gatilhoBombardeio com as mãos na Grande GuerraEstandarte do Espírito MongolSelo da câmara de Tutancâmon