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Guerras

Reconquista de Portugal: retomando a Península Ibérica

A campanha sacro-militar onde os cristãos retomaram a Península Ibérica dos mouros, de modo a preservar a Europa cristã. Conheça a Reconquista!


Fim da guerra de Reconquista
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Escrito por Eudes Bezerra
Leitura: 3 minutos
Fim da guerra de Reconquista
A Tomada de Granada em 1492, de Francisco Pradilla.

Reconquista de Portugal, Reconquista Ibérica, ou mesmo Retomada Cristã, são semelhantes denominações que se referem ao mesmo momento histórico: uma campanha sacro-militar com cristãos de um lado e mouros (muçulmanos) do outro em uma disputa pela Península Ibérica durante o período medieval.

A Reconquista se dedicou à recuperação de territórios perdidos para os muçulmanos durante o século VIII, quando os mesmos invadiram a região com sucesso, permanecendo de 711 até 1492.

ÍNDICE

1 Contexto histórico da Reconquista
2 A Reconquista
3 Pós-guerra de Reconquista
Referências

1 CONTEXTO HISTÓRICO DA RECONQUISTA

A Península Ibérica era habitada por povos germânicos cristãos na Alta Idade Média (500 d.C.–1000 d.C.), povos estes que haviam se estabelecido na península nas últimas décadas de existência do Império Romano.

Em meio a isso, sabe-se que os islâmicos lançaram grandes campanhas militares a partir da Península Arábica, mais precisamente das cidades de Meca e Medina, seguindo e dominando partes da Ásia, África e Europa.

No norte da África, próximo da atual Espanha, os muçulmanos haviam invadido em 711, quando o general islâmico Tariq ibn-Ziyad cruzou o Estreito de Gibraltar, tendo acesso à Península Ibérica.

Tariq logrou grande sucesso logo derrotando os cristãos e expulsando os Visigodos para uma região montanhosa ao norte da península (Astúrias), de onde teria início a contraofensiva cristã.

Por conseguinte, logo em 718, Pelágio, o líder dos Visigodos, reuniu um grupo de montanheses que estavam refugiados na região para dar início à guerra de retomada dos antigos territórios, começando, assim, a chamada Reconquista.

don pelajo da Reconqusita
Estátua de Don Pelajo, Astúrias, Espanha. Créditos: autoria desconhecida / Wikimedia Commons.

2 A RECONQUISTA

O avanço máximo dos mouros sobre a Europa (a partir da Espanha) ocorreu no ano de 732, quando foram derrotados pelo exército de Carlos Martel, o líder dos francos. Evento este decidido na Batalha de Tours (ou Poitiers), no coração da atual França.

Por séculos a conquista dos territórios perdidos para os mouros ocorreu de forma lenta, mas no século XI a guerra de Reconquista foi intensificada, quando a mesma passou a ter um caráter de missão religiosa.

Surgiu então o movimento Cruzadista, com a tomada de uma grande parte dos territórios muçulmanos em pouquíssimo tempo. Das derrotas dos mouros foram surgindo vários reinos, como os de Castela, Navarra, leão e Aragão.

Mais tarde, em 1147, veio Portugal com a Reconquista de Lisboa e a formação do Reino Portucalense. Com a dominação da região de Faro, foi-se ampliando ainda mais a conquista da península.

Outro ponto decisivo no conflito foi o casamento do rei de Aragão e a rainha de Castela, o que alinhou as poderosas cidades à Reconquista, resultando na expulsão definitiva dos muçulmanos da península e na criação do Reino da Espanha.

Guerra de Reconquista a rendição de Granada
rendição de Granada em 1492, de Francisco Pradilla.


3 PÓS-GUERRA DE RECONQUISTA

Em meio a quase 800 anos de conflitos, a religião se destacou no processo de Reconquista da Península Ibérica.

Os judeus e muçulmanos, antes de serem expulsos pelos católicos, puderam escolher entre se converter ou não a fé católica. Caso ocorresse a conversão, poderiam continuar vivendo em Portugal e Espanha.

As guerras na península também se caracterizaram por vantagem europeia no que se diz respeito ao poderio militar, pois os muçulmanos contavam com armas e equipamentos relativamente simples, se comparados aos cristãos dotados de cavalaria abundante e apoio de todas as classes sociais.

Por fim, também é importante ressaltar a contribuição muçulmana para os avanços marítimos e técnico-científicos que foram extremamente positivos, somando valioso conhecimento aos portugueses e espanhóis para as Grandes Navegações.


Sabia destes 800 anos de guerras constantes e anexações de territórios? Viaje nesta retrospectiva e se aprofunde ainda mais na História da Reconquista Ibérica. Boa leitura e até o próximo artigo!



REFERÊNCIA(S):

BRAICK, Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 3ª ed. reform. e atual. São Paulo: Moderna, 2007.
CUMMINS, Joseph. As Maiores Guerras da História. trad. Vania Cury. Rio de Janeiro: Ediouro, 2012.
VINCENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2002.
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Eudes Bezerra

35 anos, pernambucano arretado, bacharel em Direito e graduando em História. Diligencia pesquisas especialmente sobre História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever, planejar e principalmente executar o que planeja. Na Internet, atua de despachante a patrão, enfatizando a criação de conteúdo.

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