Guerras Erwin Rommel, a raposa do deserto, é suicidado Rommel: duas guerras mundiais, herói de infantaria, comandante da Divisão Fantasma e do Afrika Korps, a "Raposa do Deserto" e "O Libertador". Nenhum crime. Guerras • Idade Contemporânea • Períodos • Personalidades • Primeira Guerra Mundial • Segunda Guerra Mundial Autor: Eudes Bezerra Matéria criada em 24 outubro 2013 Atualizada em 14 agosto 2018 3 minutos Adeus ao grande comandante, adeus à Raposa do Deserto: a última viagem de Erwin Rommel. Como último desejo de um verdadeiro soldado, o Marechal-de-Campo teve seu corpo transportado pelo rugido forte da artilharia. Créditos: Karl Hoffmann (out/1944). Arquivo Central Federal Alemão: n. 183-j30704. Rommel, herói de infantaria durante a Primeira Guerra Mundial por incríveis feitos contra os italianos. Na Segunda foi o comandante da Divisão Fantasma na Invasão da França, a Raposa do Deserto no legendário Afrika Korps, O Libertador entre árabes e africanos e o responsável final pelas defesas da Muralha do Atlântico. Também foi o soldado preferido do Führer e mistificado pelas mídias nacional e estrangeira. E, mesmo tendo conspirando contra o líder do III Reich, teve seu funeral de mártir com pompa e honrarias. De soldado exemplar da futura Germânia a um dos conspiradores envoltos no atentado contra Hitler (embora não desejasse a morte deste). No início de 1943, o mais jovem Marechal de Campo alemão começou a duvidar da capacidade do Führer em gerenciar a guerra (opinião majoritária entre o generalato alemão). Desanimou-se por completo ao não mais receber suprimentos para o Afrika Korps e resignou-se acatar a constante política de Hitler de “lutar até o último homem”, fornecendo sua influência ao complô contra o ditador. Em 20 de junho de 1944 o atentado contra Hitler é posto em prática e falha. A devassa realizada pela Gestapo e as SS é implacável, fuzilando sumariamente os conspiradores. A Rommel, por seu prestígio diante do povo alemão e das forças armadas, são oferecidas duas hipóteses: a primeira, Rommel enfrentaria um julgamento ordinário onde a morte era certa e a sua família poderia sofrer pesadas sanções; a segunda seria a morte por envenenamento com direito a um funeral com as devidas honrarias militares de um grande soldado. O Marechal escolheu a segunda. Sobre os ressentimentos com Hitler, o Marechal teria dito: Se retirássemos uma divisão, Hitler ordenava-nos que a colocássemos no mesmo lugar. Quando ordenávamos resistência até o último cartucho, Hitler mudava para a resistência até a última gota de sangue. Era esse o auxílio que recebíamos”. (MOURA,2014, s/p) Funeral de Erwin Rommel, 1944. créditos: Karl Hoffmann (out/1944). Arquivo Central Federal Alemão: n. 183-J30702. Embora considerável porção de seus críticos aponte que parte de sua fama provenha da propaganda nazista, confere-se regularmente ao Herr Rommel o título de um dos mais brilhantes comandantes militares da história. Respeitado por aliados e adversários dentro e fora do front de batalha, começou a arrancar condecorações por bravura e liderança ainda jovem. “Grande não só pela capacidade militar, mas também pelas atitudes. Rommel nunca foi acusado de crimes de guerra, tortura ou maus-tratos. Cortava a água de suas tropas no deserto, mas não deixava seus prisioneiros morrerem de sede.” (MOURA, 2013, s/p) “Não tenho sentimentos de culpa. Não me envolvi em crime algum. Durante toda a vida, apenas servi à minha pátria.” Marechal-de-Campo Erwin Rommel, 1942. Créditos: Arquivo Central Federal Alemão: n. 146-1973-012-43. Disseram sobre Rommel: Winston Churchill (Tropas de Elite, 2013, s/p), Primeiro-Ministro Britânico e ferrenho inimigo de Hitler, afirmou sobre o Marechal: Temos pela frente um adversário arrojado, hábil, e, permitam-me o termo: um grande general”. Capitão Liddel Hart (PETACCO, 1974, p. 117), um dos maiores teóricos da guerra moderna: Rommel tinha o dom maravilhoso de chegar nos pontos vitais da luta e de imprimir um impulso decisivo à ação no momento crucial”. REFERÊNCIAS: CAWTHORNE, Nigel. As Maiores Batalhas da História: Estratégias e Táticas de Guerra que Definiram a História de Países e Povos. trad. Glauco Dama. São Paulo: M. Books, 2010. HENRIQUE, Paulo. Erwin Rommel, a Raposa do Deserto. Acesso em: 25 jan. 2013. MOURA, Danila. Erwin Rommel: A Raposa do Deserto. Acesso em: 25 jan. 2013. PETACCO, Arrigo. Os Generais de Hitler. São Paulo: Três, 1974. Tropas de Elite. Líderes: Marechal de Campo Ervin Rommel. Acesso em: 24 jan. 2013. Eudes Bezerra37 anos, recifense, graduado em Direito e História. Diligencia pesquisas especialmente sobre Antiguidade, História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever, planejar e executar o que planeja. Tags usadas: segunda guerra mundial Deixe um comentário Cancelar respostaO seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *Comentário * Nome E-mail Veja tambémCaporegime: Entre o Don e o gatilhoBombardeio com as mãos na Grande GuerraEstandarte do Espírito MongolSelo da câmara de Tutancâmon