
Rommel, herói de infantaria durante a Primeira Guerra Mundial por incríveis feitos contra os italianos. Na Segunda foi o comandante da Divisão Fantasma na Invasão da França, a Raposa do Deserto no legendário Afrika Korps, O Libertador entre árabes e africanos e o responsável final pelas defesas da Muralha do Atlântico.
Também foi o soldado preferido do Führer e mistificado pelas mídias nacional e estrangeira. E, mesmo tendo conspirando contra o líder do III Reich, teve seu funeral de mártir com pompa e honrarias.
De soldado exemplar da futura Germânia a um dos conspiradores envoltos no atentado contra Hitler (embora não desejasse a morte deste). No início de 1943, o mais jovem Marechal de Campo alemão começou a duvidar da capacidade do Führer em gerenciar a guerra (opinião majoritária entre o generalato alemão).
Desanimou-se por completo ao não mais receber suprimentos para o Afrika Korps e resignou-se acatar a constante política de Hitler de “lutar até o último homem”, fornecendo sua influência ao complô contra o ditador.
Em 20 de junho de 1944 o atentado contra Hitler é posto em prática e falha. A devassa realizada pela Gestapo e as SS é implacável, fuzilando sumariamente os conspiradores. A Rommel, por seu prestígio diante do povo alemão e das forças armadas, são oferecidas duas hipóteses: a primeira, Rommel enfrentaria um julgamento ordinário onde a morte era certa e a sua família poderia sofrer pesadas sanções; a segunda seria a morte por envenenamento com direito a um funeral com as devidas honrarias militares de um grande soldado. O Marechal escolheu a segunda.
Sobre os ressentimentos com Hitler, o Marechal teria dito:
Se retirássemos uma divisão, Hitler ordenava-nos que a colocássemos no mesmo lugar. Quando ordenávamos resistência até o último cartucho, Hitler mudava para a resistência até a última gota de sangue. Era esse o auxílio que recebíamos”. (MOURA,2014, s/p)

Embora considerável porção de seus críticos aponte que parte de sua fama provenha da propaganda nazista, confere-se regularmente ao Herr Rommel o título de um dos mais brilhantes comandantes militares da história.
Respeitado por aliados e adversários dentro e fora do front de batalha, começou a arrancar condecorações por bravura e liderança ainda jovem. “Grande não só pela capacidade militar, mas também pelas atitudes. Rommel nunca foi acusado de crimes de guerra, tortura ou maus-tratos. Cortava a água de suas tropas no deserto, mas não deixava seus prisioneiros morrerem de sede.” (MOURA, 2013, s/p)

Disseram sobre Rommel:
Winston Churchill (Tropas de Elite, 2013, s/p), Primeiro-Ministro Britânico e ferrenho inimigo de Hitler, afirmou sobre o Marechal:
Temos pela frente um adversário arrojado, hábil, e, permitam-me o termo: um grande general”.
Capitão Liddel Hart (PETACCO, 1974, p. 117), um dos maiores teóricos da guerra moderna:
Rommel tinha o dom maravilhoso de chegar nos pontos vitais da luta e de imprimir um impulso decisivo à ação no momento crucial”.