
Em 4 de julho de 1187, após a derrota das forças defensoras de Jerusalém por Saladino, Templários e Hospitalários deram sua última prova de fé: a vida. Embora trágico, o sacrifício coletivo timbrou a devoção religiosa e foi glorificado por diversas ordens semelhantes.
A derradeira prova de devoção dos monges teria acontecido após a Batalha de Hattin, em 1187, em que cristãos e muçulmanos se enfrentaram pelo controle de Jerusalém. O resultado da Batalha foi um completo desastre para os defensores de Jerusalém (os cristãos): o exército foi trucidado, Guy de Lusignan (rei consorte de Jerusalém) e Reinaldo de Châtillon (poderoso líder de cavalaria) foram feitos prisioneiros – Guy seria libertado, mas Reinaldo executado (talvez, pelo próprio Saladino). A conquista de Jerusalém seria questão de tempo (ocorrendo finalmente em 2 de outubro do mesmo ano depois de um curto cerco à cidade).
Em meio à desgraça total, um pequeno grupo de cavaleiros ainda permanecia em pé e com elevado número de sobreviventes para sua categoria, eram os Templários e Hospitalários. Dos 600 que teriam iniciado a luta, acredita-se que aproximadamente 250 teriam sobrevivido e Saladino lhes fez uma oferta testando sua devoção.
O líder curdo, Saladino, ficou conhecido – entre aliados e adversários – por sua sabedoria, serenidade e por honrar sua palavra. Foi capaz de criar laços de respeito com adversários, como Ricardo Coração de Leão (rei na Inglaterra) e Balduino IV (antigo rei leproso de Jerusalém). Contudo, apesar de misericordioso, era feroz no campo de batalha e estava bastante irritado com a violação dos termos de paz por Reinaldo de Châtillon (por isso o teria matado).
A oferta e o sacrifício
Diz-se que Saladino reuniu os Templários e Hospitalários e “pediu” que renegassem a cruz, dando sua palavra de que todo aquele que cumprisse a oferta seria libertado, mas, do contrário, seria morto (decapitado). Dos 250 monges, 250 recusaram a oferta. Todos foram mortos.
Os Templários e Hospitalários ficaram conhecidos por sua forte devoção a Cristo e incrível fúria em combate. Os Templários (Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão), sem dúvida, tornaram-se a marca registrada das Cruzadas. “Os Templários provaram ser o primeiro exemplo de uma devoção imensamente popular que se espalhou pela Europa e pelo Oriente Próximo.” Sua túnica era branca com uma cruz vermelha em seu peito.
Semelhantes aos famosos Templários, a Ordem dos Hospitalários (derivado de Hospital de São João Batista de Jerusalém), inicialmente, apenas se destinava aos cuidados de peregrinos na Terra Santa, mas logo pegaram em armas e marcharam. Sua túnica era negra com uma cruz branca em seu peito.