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Idade Contemporânea

Zeppelin Hindenburg: história, características e acidente

Uma das fotos mais famosas da história onde o zeppelin Hindenburg, um orgulho da engenharia alemã, arde em chamas após a fracassada tentativa de pouso.


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Escrito por Eudes Bezerra
Leitura: 6 minutos
zeppelin Hindenburg explodindo
A fracassada tentativa de pouso do imponente zeppelin Hindenburg. Créditos: Murray Becker.

Uma das fotos mais famosas da história onde o orgulho da engenharia alemã arde em chamas após uma fracassada tentativa de pouso em 6 de maio de 1937.

O Zeppelin Hindenburg transportava 61 tripulantes, 36 passageiros e uma cachorra de nome Ulla. A viagem durou 3 dias, sem que ocorresse nenhum incidente. Até que o Zeppelin começou a se preparar para pousar.

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SUMÁRIO

1 Antes de falarmos sobre o acidente do Zeppelin Hindenburg, conheça as características do dirigível
2 História operacional do Zeppelin Hindenburg
3 Como ocorreu o acidente do Zeppelin Hindenburg?
4 Como era o Zeppelin Hindenburg por dentro?
Referências

1 ANTES DE FALARMOS SOBRE O ACIDENTE DO ZEPPELIN HINDENBURG, CONHEÇA AS CARACTERÍSTICAS DO DIRIGÍVEL

O Zeppelin Hindenburg foi um dos maiores dirigíveis já construídos. O colosso dos céus media 245 metros de comprimento e 41 metros de diâmetro. Sua velocidade podia chegar a até 135 quilômetros por hora.

Sua estrutura foi fabricada de uma liga metálica chamada duralumínio. Ela era coberta por uma lona de algodão tratada com acetato-butirato de celulose e óxido de ferro impregnado com pó de alumínio.

Fora isso, o dirigível era mantido no ar por causa dos 200 mil metros cúbicos de hidrogênio, que inflavam o seu interior. A nave era impulsionada pelos quatro motores Mercedes-Benz de 1200 HP cada um. Esses motores, moviam hélices de mais de seis metros de altura, com autonomia de voo de até 16 mil km.

zeppelin hindenburg
Cartão postal (por Bord von Luftschiff Hindenburg ) do Hindenburg, 19 de agosto de 1936. Créditos: autoria desconhecida.

Porém, como você sabe, o hidrogênio é um gás inflamável. Para piorar ainda mais a situação, os materiais usados para cobrir a lona externa do Zeppelin Hindenburg também eram.

Até hoje ninguém sabe ao certo o que foi que aconteceu realmente. Há várias explicações para o ocorrido. Primeiro, culparam o gás hidrogênio, que era altamente inflamável. O governo alemão também supôs que uma sabotagem havia sido feita para derrubar o grandioso Zeppelin.

Mas, uma das explicações mais aceitas foi que o fogo foi iniciado por conta de uma faísca, causada por uma falha humana. Uma manobra brusca momentos antes do dirigível pousar causou o rompimento de um dos tanques de hidrogênio.

Essa faísca foi ocasionada pela energia estática que se acumulou na lona por causa do atrito com o ar.

construção do dirigível hindenburg
O dirigível alemão Hindenburg em sua doca de construção, 1931. Créditos: Arquivo Federal Alemão.

2 HISTÓRIA OPERACIONAL DO ZEPPELIN HINDENBURG

O Zeppelin Hindenburg voou pela primeira vez no dia 4 de março de 1936. Era um voo teste em Friedrichshafen com oitenta e sete pessoas a bordo. A primeira pintura tinha os anéis olímpicos. O intuito era promover os jogos olímpicos de 1936, com um voo de demonstração durante a cerimônia de abertura.

O primeiro voo comercial aconteceu no dia 31 de março de 1936 em uma viagem que durou quatro dias de Friedrichshafen para o Rio de Janeiro. Porém, um dos quatro motores do dirigível quebrou e a aeronave precisou fazer um pouso forçado em Recife.

Na viagem de volta, outro motor do dirigível também quebrou, dessa vez no deserto do Saara. Por conta disso, os pilotos precisaram fazer uma aterrisagem não programada na França e em Marrocos.

No total, o Zeppelin Hindenburg cruzou o Oceano Atlântico dezessete vezes. Dessas, dez vezes foram viagens para os Estados Unidos e sete vezes para o Brasil. Na época, uma viagem da Alemanha para os Estados Unidos custava 400 dólares.

Na sua última viagem, o Zeppelin Hindenburg saiu de Hamburgo, cruzando o Oceano Atlântico a 100 quilômetros por hora. Ele chegou a costa leste norte americana no dia 6 de maio de 1937.

dirigível Hindenburg nos estados unidos
O zeppelin Hindenburg na Estação Aérea Naval de Lakehurst, Nova Jérsei, EUA, 1936. Créditos: autoria desconhecida.

3 COMO OCORREU O ACIDENTE DO ZEPPELIN HINDENBURG?

Os primeiros sinais de que algo estava errado com a aeronave foram percebidos com cerca de 25 minutos após o Zeppelin iniciar os procedimentos para pousar. Isso foi o que disseram várias testemunhas.

O acidente do Zeppelin Hindenburg foi notado quando uma espécie de aura brilhante foi percebida na traseira do dirigível. A suspeita é que se tratava da energia estática que estava acumulada ou o começo do incêndio de fato.

As testemunhas também relataram que o fogo se espalhou muito rápido e consumiu o Zeppelin Hindenburg em menos de um minuto por completo. Os passageiros da aeronave, evidentemente, entraram em pânico. Muitos saltaram lá de cima para a morte.

reprodução do acidente do zeppelin hindenburg
Momento da explosão do Hindenburg. Créditos: Estúdio Pixomondo / Pixomondo Studio.

Porém, por um milagre, a maioria dos sobreviventes esperou para sair da aeronave quando ela, finalmente, tocou o chão. No final, aproximadamente 60% das pessoas que estavam a bordo do Zeppelin Hindenburg conseguiram escapar com vida. Isso significa 62 pessoas.

A cachorra Ulla, infelizmente, não sobreviveu. Um homem que estava no solo também veio a falecer. Mas, apesar de tudo, se comparar o acidente do Zeppelin Hindenburg com outros acidentes da aviação civil recentes, o índice de sobreviventes do Zeppelin foi alto.

Entretanto, ele marcou o fim da era dos dirigíveis no transporte de passageiros, deixando muitas pessoas traumatizadas. Muitas, inclusive, ficaram morrendo de medo de viajar em qualquer aeronave que seja.

acidente do Zeppelin Hindenburg
O desastre do Zeppelin Hindenburg, 6 de maio de 1937. Créditos: Gus Pasquerella.

4 COMO ERA O ZEPPELIN HINDENBURG POR DENTRO?

Um dirigível voa por conta de bolsas internas que podem ser enchidas com gás hidrogênio ou esvaziadas de forma individual. Quando essas bolsas eram cheias, o dirigível ganhava altitude, chegando a até 600 metros (mas a altitude para o voo era de 200 metros).

Quando as bolsas eram esvaziadas, o dirigível se aproximava do solo. O volume de gás, com todas as células preenchidas, era de 105 mil metros cúbicos.

Os pilotos e assistentes, ficavam na sala de controle, onde a visão do trajeto era muito boa. A nave era operada baseada em informações que eram fornecidas pelos operadores de rádio e pela sala de mapas.

Na gôndola também ficavam os passageiros que dispunham de quartos, salões e banheiros. Os excrementos eram acumulados em um compartimento que ficava abaixo das latrinas e depois eram lançados no ar.

área social do zeppelin Hidenburg
Área social do zeppelin. Créditos: O. V. Stetten / Arquivo Federal Alemão.

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REFERÊNCIAS:

BLAINEY, Geoffrey. Uma Breve História do Século XX. São Paulo, SP: Fundamento, 2008.
GLANCEY, Jonathan. The Zeppelin: Aboard ‘the hotel in the sky’. Acesso em: 11 mar. 2019.
SMALLWOOD, Karl. Over half the people involved in the Hindenburg disaster survived. Acesso em: 11 mar. 2019.
IMAGEM(NS):
Buscou-se informações para creditar a(s) imagem(ns), contudo, nada foi encontrado. Caso saiba, por gentileza, entrar em contato: contato@incrivelhistoria.com.br
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Eudes Bezerra

35 anos, pernambucano arretado, bacharel em Direito e graduando em História. Diligencia pesquisas especialmente sobre História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever, planejar e principalmente executar o que planeja. Na Internet, atua de despachante a patrão, enfatizando a criação de conteúdo.

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