
Nos dias 27 e 28 de outubro de 1961, Berlim ferveu e a Guerra Fria quase se tornou guerra de fato, quando tanques e tropas dos Estados Unidos e da União Soviética estiveram frente a frente com dedos nos gatilhos.
No fim do ano de 1961, o entendimento entre os Estados Unidos da América (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) se apresentava difícil e perigoso. A construção do Muro de Berlim havia sido iniciada em 13 de agosto e, apesar de determinadas autoridades conservarem seu acesso aos dois lados da cidade, tal acesso era cada vez mais restrito e vigiado na porção oriental da cidade alemã (zona sobre influência soviética).
No dia 22 de outubro, um diplomata norte-americano teria sido impedido por seguranças da República Democrática Alemã de ir a um teatro na “Berlim Oriental”. Os soldados norte-americanos fronteiriços interferiram e um mal-estar diplomático se instaurou com veemência.

Créditos: Associated Press/AP.
O local exato do incidente aconteceu no Checkpoint Charlie, na rua Friedrichstrasse. Alguns dias após o ocorrido, os norte-americanos enviaram tanques para a fronteira e os soviéticos responderam com mais tanques e tropas. Logo dezenas de tanques e soldados se encontravam nas intermediações do local que poderia revelar o início da guerra entre as duas superpotências.
A crise diplomática teria durado ao menos 16 horas e, apesar dos ânimos exaltados, os líderes dos EUA e da URSS, Kennedy e Kruschev, respectivamente, sabiamente concordaram em recuar suas tropas. Logo após o fim da chamada telefônica, quase que magicamente os dois lados haviam recuado e a aparente paz retornado à fronteira berlinense.
Atualmente, a rua Friedrichstrasse conta com um museu que relata esta história, assim como a de vários outros personagens e incluí uma réplica do antigo Checkpoint Charlie. No entorno também há partes do antigo Muro de Berlim e símbolos soviéticos.

Créditos: autoria desconhecida.