Idade Moderna

Cristóvão Colombo chega na América em 1492

Cristóvão Colombo chegou à América em 1492, abrindo espaço para duas coisas: a conquista de riquezas e a ruína da população indígena.


Cristóvão Colombo chega na América
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Autor: Eudes Bezerra
6 minutos
Cristóvão Colombo chega na América
Cristóvão Colombo chegou à América em 1492, abrindo espaço para duas coisas: a conquista de riquezas e a ruína da população indígena. Créditos: Emanuel Leutze / Museu do Brooklyn, Nova Iorque, EUA.

Cristóvão Colombo chegou à América no ano de 1492, abrindo espaço para duas coisas: a primeira se refere a conquista de riquezas tão sonhadas pela Coroa espanhola; a segunda, entretanto, a ruína da população indígena que morreria aos milhões, principalmente pelas doenças vindas com os europeus.

Enquanto os portugueses tentavam encontrar uma rota para as Índias pelo leste, um navegante genovês chamado Cristóvão Colombo convenceu-se de que a rota era para oeste, cruzando o Oceano Atlântico.

Em 1485, Colombo conseguiu convencer a rainha Isabel da Espanha a patrocinar a expedição.

[…] Colombo, que subestimou imensamente a distância entre a Europa e a Ásia, acreditou ter chegado às Índia e chamou os nativos de índios. (WOOLF, 2014, p.154)

Boa leitura!

TÓPICOS DE CRISTÓVÃO COLOMBO NA AMÉRICA

1. Choque de culturas: Espanhóis e indígenas
2. Em que ano Cristóvão Colombo chegou à América
3. Como foi a chegada de Cristóvão Colombo na América
4. Dizimação da população caribenha pelas doenças
5. Quem foi Cristóvão Colombo?
⠀⠀5.1 Cristóvão Colombo aprende a navegação com os portugueses
⠀⠀5.2 Cristóvão Colombo na América: eurocentrismo
6. Sociedades americanas: Olmecas, Mexicas, Mais e Incas
Referências

1. CHOQUE DE CULTURAS: ESPANHÓIS E INDÍGENAS

Antes de qualquer coisa, é necessário ter em mente que o contato entre os europeus e os ameríndios representou um grande choque cultural.

Esse choque de culturas tão distintas ocorreu devido ao fato de estarem separadas por milênios.

Os ameríndios estavam no continente americano há no mínimo 12 mil anos, quando fechada a possível e última grande rota migratória: o Estreito do Mar de Bering (entre as atuais Rússia e os EUA, no Alasca).

Colombo desembarcou desconhecendo a fauna e a flora do local, assim como os ameríndios os materiais trazidos pelos europeus, como aço, cavalo e pólvora.

Cristóvão Colombo invade a América
Nem europeus nem ameríndios sabiam exatamente com o que estavam frente a frente. Apesar de um início “amistoso”, as pretensões espanholas por conquista e riqueza logo dariam forma ao que se prosseguiria em toda a América: usurpação, escravidão, mortes e ruína indígena. Créditos: Desembarque de Cristóvão Colombo na América / autoria desconhecida.

2. EM QUE ANO CRISTÓVÃO COLOMBO CHEGOU À AMÉRICA

Era 12 de outubro de 1492 quando o Cristóvão Colombo chegou à América, desembarcando nas chamadas Antilhas (atual Caribe).

Os espanhóis desembarcaram acreditando estar nas Índias ― nome genérico para as partes mais longínquas da Ásia e, portanto, pouco ou quase nada conhecidas por parte dos europeus.

3. COMO FOI A CHEGADA DE CRISTÓVÃO COLOMBO NA AMÉRICA

Cristóvão Colombo havia zarpado no dia 3 de agosto de 1492 com três embarcações (Santa Maria, Pinta e Ñina), 90 homens, alguns cavalos e armas de fogo.

Colombo chegou na América, desembarcando nas Bahamas na manhã de 12 de outubro de 1492.

Algumas trocas foram realizadas entre indígenas e espanhóis com Colombo buscando saber das possibilidades comerciais (o grande intuito das navegações).

Colombo zarpou das Bahamas, chegando em Cuba onde encontrou uma grande variedade de produtos que poderiam ser comercializados na Europa, como a pimenta vermelha e principalmente um pouco de ouro.

Posteriormente, conheceu diversas ilhas do caribe até chagar a Venezuela, na América do Sul, a partir de onde outros navegadores e conquistadores, como Hernán Cortez e Francisco Pizarro fariam suas incursões destrutivas.

4. DIZIMAÇÃO DA POPULAÇÃO CARIBENHA PELAS DOENÇAS

Em grande parte das Antilhas (Caribe), estima-se que o contato com os europeus simplesmente varreu a população nativa devido às epidemias.

Acredita-se que em algumas localidades até 90% da população foi morta por conta de doenças trazidas da Europa, como a varíola e o sarampo.

Cristóvão Colombo e os Reis Católicos
Cristóvão Colombo apresentando suas ideias de navegar para oeste aos chamados reis católicos, Fernando e Isabel. Créditos: Emanuel Leutze / Museu do Brooklyn, Nova Iorque, EUA.

5. QUEM FOI CRISTÓVÃO COLOMBO

Não se tem certeza acerca dos primeiros anos de Cristóvão Colombo. Há controvérsias sobre a nacionalidade de Colombo, entretanto, acredita-se ultimamente que ele tenha nascido na cidade de Gênova em 1436 ou 1456.

Colombo desde cedo teria se motivado e dedicado ao estudo da navegação, o qual mudaria sua vida drasticamente.

Pintura de Cristóvão Colombo
Cristóvão Colombo. Créditos: Sebastiano del Piombo / Metropolitan Museum of Art (The Met), Nova Iorque, EUA.

5.1 Cristóvão Colombo aprende a navegação com os portugueses

Colombo morou na Ilha da Madeira, na costa africana, na qual se casou e teve um filho com Felipa.

A Ilha da Madeira era um território colonial português a partir de onde Colombo teria aprendido bastante sobre navegação e conhecido o sistema de feitoria dos portugueses, assim como parte da costa africana.

Essa vivência com os hábeis navegadores portugueses contribuiu muito para o futuro de Colombo na América, visto que os portugueses estavam muito à frente do restante da Europa no quesito navegação e exploração marítima – a Era das Grandes Navegações.

Cristóvão Colombo na América
As navegações portuguesas causavam um profundo mal-estar na Espanha que se enxergava como superior e havia tentado dominar Portugal. Com as viagens de Colombo e o descobrimento de ouro e muita prata, a Coroa espanhola se tornaria a nação mais rica da Europa. Créditos: L. Prang & Co., Boston / Biblioteca do Congresso, EUA.

5.2 Cristóvão Colombo na América: Eurocentrismo

Colombo chegou ao continente americano, acreditando estar nas Índias, próximo do Japão ou China.

Chegou, mas não compreendeu que estava em outro continente (e morreu acreditando nisso).

Ao se deparar com uma cultura tão distinta da europeia (e de tudo que havia visto), Cristóvão Colombo as tratou como inferiores e suas cartas e depoimentos revelam bem o seu pensamento, o que se tornaria muito comum, principalmente pelo que seria chamado de Eurocentrismo (etnocentrismo).

As gentes desta ilha e de todas as outras que encontrei e das quais tive notícia, andam todas desnudas, homens e mulheres, assim como as mães os parem, ainda que algumas mulheres se cubram num único lugar com uma folha de erva, ou uma coberta de algodão feita para isto.

Eles não têm ferro, nem aço, nem armas, nem palavra para isto, não porque não sejam gente de boa constituição e de bela estatura, mas porque são medrosos ao extremo […].

Ocorreu haver um marinheiro que recebeu, por uma ponta de cadarço, o equivalente ao peso de ouro de dois castelhanos […].

E eles não conheciam nenhuma seita nem idolatria, excetuando que todos acreditam que o poder e o bem estão no céu, e tinham a firme crença que eu, com estes navios e pessoas, vinha do céu, e nesta suposição me recebiam em todos os cantos, depois de terem perdido o medo. (COLOMBO, 2010, s/p).

Este é apenas um trecho dos tantos depoimentos de Cristóvão Colombo à Coroa Espanhola acerca dos ameríndios.

Com isso, os testemunhos Colombo refletem a falsa sensação de superioridade diante de um mundo repleto de novidades e inovações, o que cada vez mais se mostra certo a cada nova descoberta arqueológica.

Tumba de Cristóvão Colombo
Tumba magnífica de Cristóvão Colombo em Sevilha, Espanha. Créditos: autoria desconhecida.

6. SOCIEDADES AMERICANAS: OLMECAS, MEXICAS, MAIAS E INCAS

As sociedades ameríndias, principalmente as da Mesoamérica e da América do Sul formaram sociedades extremamente complexas, como a Olmeca, Mexica (asteca), Maia e Inca.

Registros, principalmente os arqueológicos, atestam a grandiosidade desses e outros povos que criaram um modo de vida sem o grande intercâmbio cultural existentes entre a Europa, África e Ásia…

Civilizações separadas por milênios e que se desenvolveram ao seu modo, criando sociedades sofisticadas com construções grandiosas, como os templos astecas ou a cidade inca de Machu Picchu, que revelam o desenvolvimento dessas sociedades.

Não eram apenas edifícios, eram ciências avançadas aplicadas – tais quais os próprios europeus aprenderam com os orientais, como os árabes, para velejar, fazer a guerra etc.


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REFERÊNCIA(S):

BEZERRA, Eudes. Astecas: história, sociedade, economia, cultura (resumo). Acesso em 05 maio 2021.
COLOMBO, Cristóvão. Carta de Cristóvão Colombo anunciando o descobrimento da América. trad. Henry Alfred Bugalho. Revista Samizdat. Acesso em: 05 maio 2021.
MICELI, Paulo. História Moderna. 4ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2020.
FERGUSON, Niall. Civilização: ocidente x oriente. trad. Janaina Marco Antonio. 2ª ed. São Paulo: Planeta, 2016.
WOOLF, Alex. Uma nova história do mundo. São Paulo: M. Books do Brasil Editora Ltda, 2014.
IMAGEM(NS):
Buscou-se informações para creditar a(s) imagem(ns), contudo, nada foi encontrado. Caso saiba, por gentileza, entrar em contato: contato@incrivelhistoria.com.br

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Eudes Bezerra

37 anos, recifense, graduado em Direito e História. Diligencia pesquisas especialmente sobre Antiguidade, História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever, planejar e executar o que planeja.

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