Idade Contemporânea Grã-Colômbia, o sonho de Simón Bolívar A Grã-Colômbia foi uma nação efêmera criada sob a liderança da elite colonial, alicerçada a partir das ideias de Simón Bolívar. Idade Contemporânea • Períodos Autor: Eudes Bezerra Matéria criada em 5 maio 2022 3 minutos A Grã-Colômbia foi uma nação efêmera criada sob a liderança da elite colonial, alicerçada a partir das ideias de Simón Bolívar. Créditos: autoria desconhecida / Montagem: Eudes Bezerra. A Grã-Colômbia foi uma nação efêmera criada sob a liderança dos criollos (elite colonial), alicerçada, sobretudo a partir das ideias do venezuelano Simón Bolívar — o Libertador. Bolívar compreendia e defendia a ideia de uma nação territorialmente ampla e unida por fatores comuns, como o idioma espanhol e a religião católica. O QUE FOI A GRÃ-COLÔMBIA? Constituía-se dos Estados modernos da Colômbia, da Venezuela, do Panamá e do Equador, tendo como capital a cidade de Bogotá, na atual Colômbia. A Grã-Colômbia nasceu de forma não oficial das decisões do Congresso de Angostura em 1819, mas conseguiu o status oficial de nação unificada em 1921. Uma forte ideia que permeava a concepção da Grã-Colômbia respaldava no Panamericanismo tão tentando por Bolívar, que idealizava a união dos povos americanos independentes que haviam sido colonizados pela Espanha, o que deixava o Brasil de fora. Teve influência, em meio a diversas divergências políticas, dos ideais da Revolução Francesa (1789), do Iluminismo e dos exemplos das ex-colônias inglesas e do Haiti. Parte do nome Grã-Colômbia — Colômbia — deriva do hábil navegador, Cristóvão Colombo, que desembarcou no continente americano em 1492. A Grã-Colômbia, que durou pouco mais de uma década, englobava os atuais países da Colômbia, da Venezuela, do Equador e do Panamá. Créditos: autoria desconhecida / Wikimedia Commons. Bandeira da Grã-Colômbia a partir de 1921 até o seu fim (1931). Créditos autoria desconhecida / Wikimedia Commons. COMO SE DEU O FIM DA GRÃ-COLÔMBIA? Sem dúvida, o maior dos empecilhos para o estabelecimento definitivo da Grã-Colômbia recaiu sobre os mesmos personagens-chave de tantas outras nações que surgiram após os processos de independências da América espanhola: os caudilhos (e a aristocracia criolla). Os caudilhos, líderes carismáticos e regionais, conflitavam em diversos interesses políticos de modo que cada um pretendia assegurar e possivelmente ampliar os seus poderes pós-independência em suas localidades. A proximidade de cada caudilho e da aristocracia local em geral com a população imediatamente vinculada se mostrou um fator muito mais forte e difícil de ser quebrado do que as próprias guerras de independências. Ora por carisma ora por medo, a população local acabava por aderir à aristocracia local, visto que era ela que primeiro poderia solucionar as suas questões — algo bem diferente do centro do governo geral que, particularmente, parecia uma ideia abstrata por se encontrar bem distante fisicamente. Esses conflitos políticos, que ocorriam em toda a Grã-Colômbia, também recebiam apoio externo, como dos EUA e da Inglaterra, e isso acabava por minar a pretensão de existência da nação. Dessa forma, antigos aliados das guerras de independência desfizeram vínculos, tornando-se adversários e até inimigos, o que fatalmente ocasionou a fragmentação da então nação conhecida como Grã-Colômbia. A morte Simón Bolívar, ocorrida em 17 de dezembro 1930, acabou com os poucos e frágeis pilares existentes do país que findou fragmentado em 1931. O Libertador Simón Bolívar. Créditos: Ricardo Acevedo Bernal. REFERÊNCIAS PRADO, Maria Ligia; PELLEGRINO, Gabriela. História da América Latina. 1. ed., 2ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2016. VINCENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2002. IMAGEM(NS): Buscou-se informações para creditar a(s) imagem(ns), contudo, nada foi encontrado. Caso saiba, por gentileza, entrar em contato: contato@incrivelhistoria.com.br PALAVRAS-CHAVE SECUNDÁRIAS: crise na América espanhola, independência da América espanhola, os libertadores, Bolívar, Sucre, San Martín, América, Grã-Colômbia, Colômbia, Venezuela, Panamá, Equador. Eudes Bezerra37 anos, recifense, graduado em Direito e História. Diligencia pesquisas especialmente sobre Antiguidade, História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever, planejar e executar o que planeja. Tags usadas: américa século xix 1 response to “Grã-Colômbia, o sonho de Simón Bolívar” Pingback: Escritora Maria Fernanda Ampuero | Equador | APP-Sindicato Deixe um comentário Cancelar respostaO seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *Comentário * Nome E-mail Veja tambémCaporegime: Entre o Don e o gatilhoBombardeio com as mãos na Grande GuerraO Príncipe Negro vence em PoitiersSoldado com proteção soviética SN-42