Idade Contemporânea Grã-Colômbia, o sonho de Simón Bolívar Postado em 5 maio 2022 Atualizado em 7 agosto 2025 A Grã-Colômbia foi uma nação efêmera criada sob a liderança da elite colonial, alicerçada a partir das ideias de Simón Bolívar. Idade Contemporânea • Períodos Tempo de leitura: 3 minutos A Grã-Colômbia foi uma nação efêmera criada sob a liderança da elite colonial, alicerçada a partir das ideias de Simón Bolívar. Créditos: autoria desconhecida / Montagem: Eudes Bezerra. A Grã-Colômbia foi uma nação efêmera criada sob a liderança dos criollos (elite colonial), alicerçada, sobretudo a partir das ideias do venezuelano Simón Bolívar — o Libertador. Bolívar compreendia e defendia a ideia de uma nação territorialmente ampla e unida por fatores comuns, como o idioma espanhol e a religião católica. O QUE FOI A GRÃ-COLÔMBIA? Constituía-se dos Estados modernos da Colômbia, da Venezuela, do Panamá e do Equador, tendo como capital a cidade de Bogotá, na atual Colômbia. A Grã-Colômbia nasceu de forma não oficial das decisões do Congresso de Angostura em 1819, mas conseguiu o status oficial de nação unificada em 1921. Uma forte ideia que permeava a concepção da Grã-Colômbia respaldava no Panamericanismo tão tentando por Bolívar, que idealizava a união dos povos americanos independentes que haviam sido colonizados pela Espanha, o que deixava o Brasil de fora. Teve influência, em meio a diversas divergências políticas, dos ideais da Revolução Francesa (1789), do Iluminismo e dos exemplos das ex-colônias inglesas e do Haiti. Parte do nome Grã-Colômbia — Colômbia — deriva do hábil navegador, Cristóvão Colombo, que desembarcou no continente americano em 1492. A Grã-Colômbia, que durou pouco mais de uma década, englobava os atuais países da Colômbia, da Venezuela, do Equador e do Panamá. Créditos: autoria desconhecida / Wikimedia Commons. Bandeira da Grã-Colômbia a partir de 1921 até o seu fim (1931). Créditos autoria desconhecida / Wikimedia Commons. COMO SE DEU O FIM DA GRÃ-COLÔMBIA? Sem dúvida, o maior dos empecilhos para o estabelecimento definitivo da Grã-Colômbia recaiu sobre os mesmos personagens-chave de tantas outras nações que surgiram após os processos de independências da América espanhola: os caudilhos (e a aristocracia criolla). Os caudilhos, líderes carismáticos e regionais, conflitavam em diversos interesses políticos de modo que cada um pretendia assegurar e possivelmente ampliar os seus poderes pós-independência em suas localidades. A proximidade de cada caudilho e da aristocracia local em geral com a população imediatamente vinculada se mostrou um fator muito mais forte e difícil de ser quebrado do que as próprias guerras de independências. Ora por carisma ora por medo, a população local acabava por aderir à aristocracia local, visto que era ela que primeiro poderia solucionar as suas questões — algo bem diferente do centro do governo geral que, particularmente, parecia uma ideia abstrata por se encontrar bem distante fisicamente. Esses conflitos políticos, que ocorriam em toda a Grã-Colômbia, também recebiam apoio externo, como dos EUA e da Inglaterra, e isso acabava por minar a pretensão de existência da nação. Dessa forma, antigos aliados das guerras de independência desfizeram vínculos, tornando-se adversários e até inimigos, o que fatalmente ocasionou a fragmentação da então nação conhecida como Grã-Colômbia. A morte Simón Bolívar, ocorrida em 17 de dezembro 1830, acabou com os poucos e frágeis pilares existentes do país que findou fragmentado em 1931. O Libertador Simón Bolívar. Créditos: Ricardo Acevedo Bernal. REFERÊNCIAS PRADO, Maria Ligia; PELLEGRINO, Gabriela. História da América Latina. 1. ed., 2ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2016. VINCENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2002. IMAGEM(NS): Buscou-se informações para creditar a(s) imagem(ns), contudo, nada foi encontrado. Caso saiba, por gentileza, entrar em contato: contato@incrivelhistoria.com.br PALAVRAS-CHAVE SECUNDÁRIAS: crise na América espanhola, independência da América espanhola, os libertadores, Bolívar, Sucre, San Martín, América, Grã-Colômbia, Colômbia, Venezuela, Panamá, Equador. Tags usadas: américa século xix Autor: Eudes Bezerra 37 anos, recifense, graduado em Direito e História. Diligencia pesquisas especialmente sobre Antiguidade, História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever, planejar e executar o que planeja. 5 responses to “Grã-Colômbia, o sonho de Simón Bolívar” Pingback: Escritora Maria Fernanda Ampuero | Equador | APP-Sindicato Um erro no texto: Simón Bolívar morreu em 17 de dezembro de [[1830]]. Responder Olá, Gustavo! Obrigado pela indicação, pois realmente havia passado batido. Retificação feita. Obrigado! Responder Corrogir a data de morte de Simón Bolivar, foi em 1830, no texto esta 1930. Responder Olá, Priscila! Obrigado pelo apontamento; realmente tinha passado batido na revisão. Obrigado! Responder Deixe um comentário para Priscila Silva Cancelar respostaO seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *Comentário * Nome E-mail Veja também5 Consequências da Guerra dos Cem AnosCaporegime: entre o Don e o gatilhoBombardeio com as mãos na Grande GuerraO Príncipe Negro vence em Poitiers
Olá, Gustavo! Obrigado pela indicação, pois realmente havia passado batido. Retificação feita. Obrigado! Responder
Olá, Priscila! Obrigado pelo apontamento; realmente tinha passado batido na revisão. Obrigado! Responder