Brasil

Invasões holandesas no Brasil Colônia

As Invasões Holandesas e o sucesso na conquista de Pernambuco marcaram o auge do ciclo açucareiro no Brasil, assim como a sua decadência.


invasões holandesas no Brasil colonial
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Autor: Eudes Bezerra
10 minutos
invasões holandesas no Brasil colonial
As Invasões Holandesas e o sucesso na conquista de Pernambuco marcaram o auge do ciclo açucareiro no Brasil, assim como a sua decadência. Créditos: Nicolaas Visscher / Montagem: Eudes Bezerra.

Das Invasões Holandesas ocorreu o sucesso na conquista da Capitania de Pernambuco, que possibilitou aos holandeses estender seu domínio por quase todo o Nordeste.

Durante esse período, a sede holandesa, Recife, passou por grandes mudanças estruturais por parte do conde alemão Maurício de Nassau, o Governador-Geral, que ainda hoje evoca um sentimento paterno nos pernambucanos.

Nassau fundou a Cidade Maurícia ― uma tentativa de réplica tropical da capital holandesa com traçados geométricos e canais.

A nova cidade também ajudou a melhorar a situação de uma população calculada em 7 mil indivíduos, que vivia em condições de higiene críticas.

Essa era a Maurits-Stadt […]”. (SCHWARCZ; STARLING, 2015, p. 61)

Boa leitura!

SUMÁRIO: INVASÕES HOLANDESAS

1. Contexto das Invasões Holandesas no Brasil
⠀⠀1.1 Invasões francesas e holandesas no Brasil Colônia
2. Inimigas mortais: Espanha x Holanda
3. Criação da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais
⠀⠀3.1 Primeiras invasões holandesas: Bahia, sede do Governo-Geral
⠀⠀3.2 Conquista de Pernambuco pelos holandeses
4. Era Maurício de Nassau
⠀⠀4.1 Retratações do Brasil Holandês
⠀⠀4.2 Demissão de Maurício de Nassau, o Brasileiro
5. Portugal retoma a soberania: fim da União Ibérica
6. Insurreição Pernambucana
⠀⠀6.1 As Batalhas dos Guararapes
⠀⠀6.2 Nascimento do exército brasileiro
7. Pós-Batalhas dos Guararapes
⠀⠀7.1 Tratado de Haia: Portugal compra a ausência holandesa no Brasil
8. Holandeses nas Antilhas e decadência do açúcar no Brasil
Referências

1. CONTEXTO DAS INVASÕES HOLANDESAS NO BRASIL

À época das invasões holandesas no Brasil, a coroa portuguesa se encontrava unida à espanhola na chamada União Ibérica (1580–1640), que na prática era dirigida pela coroa espanhola.

A Espanha detinha o poder e se mostrava mais interessada pela manutenção dos seus territórios já consolidados e em restaurar a sua caótica ordem financeira. Portugal, por sua vez, via-se “aprisionado” por estar com o trono português “vago”.

Com o controle espanhol, os adversários da coroa da Espanha naturalmente viram os territórios lusitanos como oportunidades de captura.


1.1 Invasões francesas e holandesas no Brasil Colônia

Franceses e principalmente holandeses, diante da União Ibérica, criaram ações mais empenhadas para tirar proveito da situação.

Os franceses extraíram Pau-Brasil e tentaram algumas invasões sem sucesso no Sudeste e no Norte, sendo a única e duradoura a que conhecemos atualmente como Guiana Francesa.

Os holandeses, por seu turno, investiram em uma invasão do Brasil Colônia com vista no alto rendimento do açúcar e outras matérias-primas que poderiam ser objeto de grande lucro.

Assim, basicamente, era o contexto que precedeu as invasões holandesas no Brasil Colônia.

invasões holandesas união ibérica
Brasão das Armas da Espanha com o símbolo de Portugal no alto (lugar de honra). Créditos: Heralder / Wikimedia Commons.

2. INIMIGAS MORTAIS: ESPANHA X HOLANDA

Portugueses e holandeses eram parceiros comerciais, mas, com a União Ibérica, os portugueses tiveram a maldita “herança” de assumir tacitamente os inimigos dos espanhóis.

Enquanto isso gerava desconforto para Portugal, sugia uma oportunidade para os holandeses que se propuseram a desafiar e enfraquecer a Espanha, assim como obter os grandes mercados de matéria-prima.

A Holanda, mesmo tendo largado tardiamente na corrida mercantilista, possuía uma potente economia já habituada ao comércio marítimo e às armas, visto que acabara de conquistar sua independência contra a Espanha.

Desta forma, o projeto de invasão do Brasil foi executado e, após alguns insucessos iniciais, logrou êxito com a criação de uma companhia especialmente voltada para o Atlântico.

revolta holandesa contra a espanha e as invasões holandesas no brasil
Os holandeses travaram a chamada Guerra dos 80 Anos, também conhecida como Revolta Holandesa, contra a Espanha a fim de conquistar a sua definitiva independência. Créditos: Diego Velázquez , Museu do Prado, Espanha.

3. CRIAÇÃO DA COMPANHIA HOLANDESA DAS ÍNDIAS OCIDENTAIS

A Holanda possuía a lucrativa Companhia Holandesa das Índias Orientais e isso acabou por influenciar na criação de outra companhia, desta vez voltada para o Ocidente.

Para o Atlântico, criou-se em 1621 a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, que acabaria por invadir com sucesso a rica e próspera capitania de Pernambuco.

Anteriormente às investidas ao litoral brasileiro, os neerlandeses (holandeses) saquearam diversos pontos comerciais portugueses na Costa Africana, de modo a também controlar parte do tráfico negreiro transatlântico.

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Em verde escuro, os territórios controlados pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais e em verde claro os territórios das Companhia Holandesa das Índias Orientais. Reprodução imprecisa, mas que dá para ter uma ideia da dimensão das companhias holandesas. Créditos: autoria desconhecida / Wikimedia Commons.

3.1 Primeiras invasões holandesas: Bahia, sede do Governo-Geral

Entre os anos de 1604 e 1625, houve algumas tentativas neerlandesas de invasão do Brasil Colônia, quando direcionados à sede do Governo-Geral, em Salvador.

A ideia dos invasores era simples: conquistar o Governo-Geral, estabelecido na cidade de Salvador, para a partir de lá expandir suas conquistas.

Entretanto, não lograram êxito sendo expulsos pelas forças espanholas e portuguesas, mesmo com uma das investidas tendo capturado a cidade de Salvador pelo período de um ano.

3.2 Conquista de Pernambuco pelos holandeses

Em 1630, reorganizados e melhor preparados, os holandeses executaram mais um dos seus planos de invasão do Brasil, quando assaltaram a próspera capitania de Pernambuco.

Dessa vez, os holandeses obtiveram êxito na sua invasão e pouco a pouco foram consolidando seu poder, que se estenderia por quase todo o Nordeste.

A Paraíba e o Rio Grande do Norte foram dominados em 1634, logo em seguida sendo a vez do Ceará e Maranhão, tendo como guia o experiente Domingos Fernandes Calabar.

Assim, os holandeses haviam fincado suas bandeiras em terras ameríndias, tendo como principal reduto a cidade de Recife, uma vez que Olinda, o centro urbano brasileiro mais rico da época, havia sido incendiado nas lutas.

Outro fator que pesou para a instalação dos holandeses na cidade de Recife foi a junção de rios, mangues e litoral, algo bem comum aos holandeses que eram especialistas (viviam) nesses ambientes.

invasões holandesas mapa holandês comemorando a conquista de pernambuco
A força de invasão holandesa invadiu a capitania de Pernambuco com 65 embarcações e 7280 homens, conquistando a então capital Olinda no dia 14 de fevereiro de 1530. Créditos: Mapa holandês celebrando a conquista de Olinda e Recife, de Nicolaas Visscher.

4. ERA MAURÍCIO DE NASSAU

Em 1637, o conde alemão, João Maurício de Nassau-Siegen, desembarcou na cidade de Recife como seu governador.

Nassau, um coronel conciliador, viu os estragos realizados pela invasão e tomou como seu trabalho restaurar a cidade e fazê-la próspera.

Tentou-se, inclusive, recriar a cidade no formato típico das cidades europeias com direito a grandes obras arquitetônicas, como pontes e um palácio (onde fica o atual Palácio do Governo do Estado de Pernambuco ― o Paço das Princesas).

Por isso, Recife também é conhecida como Maurits-Stadt (Cidade Maurícia).

Com Nassau, teria ocorrido o auge do ciclo açucareiro no Brasil, também sendo responsável por diversas melhorias em diversas áreas.

Entre as medidas tomadas por Nassau, encontram-se:

  • Crédito para recuperação e compra dos engenhos de açúcar;
  • Crédito para a compra de equipamentos das “fábricas”;
  • Acabou com a fome existente, obrigando os proprietários de terras cultiváveis a cultivarem o pão da terra, a mandioca;
  • Restabeleceu o tráfico de escravos; e
  • Concedeu liberdade religiosa a todos, o que também teria contemplado os escravos.

Diversos fortes e outras construções foram construídos, como um impressionante jardim com centenas de árvores, incluindo os incríveis Baobás.

O governador ergueu palácios, um templo calvinista, e instalou o primeiro observatório (que anotou um eclipse solar em 1640); tratou do calçamento de algumas vias e do saneamento urbano.

Outra medida importante foi determinar que se cobrissem todas as ruas com areia, para que elas não encharcassem. Era preciso repetir a operação duas vezes ao dia, senão se corria o risco de pagar uma multa de seis florins.

Sob a mesma pena, ficava proibido ‘lançar lixo nas ruas’ ou jogar bagaço (de cana) nos rios e açudes, pois isso impediria a proliferação dos peixes de água doce, alimento básico das populações pobres.

Nassau ainda mandou construir três pontes, as primeiras de grandes proporções no Brasil”. (SCHWARCZ; STARLING, p. 61, 2015)

Nassau também trouxe pintores, ilustradores, botânicos, entre outros para que trabalhassem nas novas terras.

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Entre os marcos arquitetônicos do governo de Maurício de Nassau, encontra-se a ponte Maurício de Nassau, em Recife, que liga as ilhas do Recife Antigo a de Santo Antônio. Créditos: autoria desconhecida.

4.1 Retratações do Brasil Holandês

Maurício em sua comitiva trouxe artistas que se destacariam bastante ao retratar os territórios à época, como Frans Post e Albert Eckhout.

Algumas das retratações do período holandês foram, inclusive, como presente para o rei-Sol, Luís XIV, da França.

Impressionado, o déspota francês mandou reproduzir uma série em tapeçaria para a comercialização do chamado “Novo Mundo”, que tanta curiosidade na Europa causava.

invasões holandesas paisagem de frans post
A beleza dos trópicos teria encantado Frans Post, que fez inúmeras retratações, mostrando, inclusive, festejos religiosos da população negra. Créditos: “Paisagem brasileira com uma casa em construção”, de Frans Post / Casa Maurícia (Mauritshuis), Haia, Holanda.

4.2 Demissão de Maurício de Nassau, o Brasileiro

Apesar do trabalho desenvolvido por Nassau, que agora era chamado de o Brasileiro pelos holandeses, a companhia visava a exploração mercantilista.

Assim, Nassau acabou demitido pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais no início da década de 1640, ficando por morar e gerenciar algumas coisas em Recife por mais algum tempo, quando foi obrigado a partir à Europa em 1644, melancolicamente.

Com a demissão/partida de Nassau, a Companhia passou a pressionar os senhores de engenhos a quitar suas dívidas e a produzirem mais.

Isso marca o declínio do Brasil Holandês.

Maurício de Nassau, antes de partir, teria enviado cartas a Holanda sobre uma eventual insurreição contra o domínio holandês, o que se concretizaria.

invasões holandesas estátua de maurício de nassau
Johann Moritz von Nassau-Siegen, ou somente Maurício de Nassau, deixou profundas marcas no espírito do povo pernambucano, marcas que ainda hoje caminham pelas ruas meticulosamente calculadas pelo conde alemão. Créditos: Paulo Castagna / Wikimedia Commons.

5. PORTUGAL RETOMA A SOBERANIA: FIM DA UNIÃO IBÉRICA

Em 1640, D. João IV ― João, o Restaurador ―, após uma guerra contra a Espanha, conseguiu novamente a soberania de Portugal.

Com isso, tratou-se de negociar a retomada dos territórios ocupados pelos holandeses, que se negaram os oferecimentos.

6. INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA

Em 1444, após a saída de Nassau, o ciclo do açúcar começou a declinar e o endividamento dos senhores de engenho passou a ser avidamente cobrado pela companhia holandesa.

Em 1645 teve início a Insurreição Pernambucana que acabaria por selar o fim da era holandesa no Brasil.

Insatisfações e motins de ordem geral começaram por todos os lados, resultando no endurecimento maior das regras impostas pelos neerlandeses.

Com isso, escaramuças se tornaram inevitáveis, deixando os holandeses ― que agora também estavam em atrito com a Inglaterra ― com poucos recursos e mais reclusos aos fortes e centros urbanos mais fortificados.

6.1 As Batalhas dos Guararapes

As escaramuças evoluíram para batalhas, onde a guerrilha formada por portugueses, indígenas e africanos levou vantagem sobre o exército regular holandês.

O fim dos holandeses foi definitivamente timbrado nas duas Batalhas dos Montes Guararapes, a primeira ocorrida em 1648 e a segunda em 1649.

6.2 Nascimento do exército brasileiro

Pela união entre brancos, indígenas e africanos alforriados, costuma-se assinalar o nascimento do exército brasileiro.

Contudo, muitos dos insurgentes, como no caso de João Fernandes Vieira, teriam estado mais interessado na “quitação” de suas dívidas com a companhia holandesa.

Entre os líderes da Insurreição Pernambucana, encontram-se:

  • João Fernandes Vieira: senhor de engenho;
  • André Vidal de Negreiros: senhor de engenho;
  • Filipe Camarão: líder indígena; e
  • Henrique Dias: líder dos escravos alforriados.
batalha dos guararapes
As Batalhas dos Guararapes é, por vezes, indicada como o nascimento do exército brasileiro porque brancos, negros e indígenas lutaram contra o invasor holandês. Contudo, não seriam os portugueses também invasores das terras indígenas? Os africanos, por sua vez, também não vieram por vontade própria, mas como escravos dos europeus (portugueses e holandeses). Créditos: Victor Meirelles, Museu de Nacional Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil.

7. PÓS-BATALHAS DOS GUARARAPES

Mesmo com a derrota na batalha em 1649 e a fome, os holandeses permaneceram no nordeste brasileiro por anos, mostrando-se determinados.

Em 1654, entretanto, os holandeses acabaram por se retirar do nordeste brasileiro, deixando uma suspeita de novas e mais vigorosas invasões no futuro, que agora conheciam bem, tendo inclusive criado diversos mapas.

7.1 Tratado de Haia: Portugal compra a ausência holandesa no Brasil

As coisas mudaram em 6 de agosto de 1661, quando holandeses e portugueses, através do Tratado de Haia, declararam fim das hostilidades.

A Holanda se encontrava em guerra contra a Inglaterra na Segunda Guerra Anglo-Holandesa e os planos de nova invasão ao Brasil acabariam por ficar mais difíceis de ocorrer.

Contudo, em Haia, a assinatura do tratado concedeu a desejada segurança de Portugal sobre o Brasil Colônia ao passo que em contrapartida os portugueses fizeram pagamentos e concessões aos holandeses, como:

  • Pagamento de 4 a 6 toneladas de ouro à época (informações contraditórias nas pesquisas);
  • Cessão dos territórios do atual Sri Lanka e Malabar; e
  • Privilégios no comércio açucareiro com o Brasil.

Por sua vez, os holandeses, além de renunciar à sua colônia no nordeste brasileiro, também abdicou de eventuais saques ou invasões sobre a Angola (colônia portuguesa).

8. HOLANDESES NAS ANTILHAS E DECADÊNCIA DO AÇÚCAR NO BRASIL

O ciclo de açúcar no Brasil continuou em franco declínio, piorando drasticamente com o estabelecimento dos holandeses nas Antilhas.

Os holandeses, com o conhecimento aprendido e aprimorado no Brasil, montaram novas instalações açucareiras nas Antilhas, onde atualmente se encontram diversos países, como Cuba, Jamaica e Bahamas.

O valor do açúcar produzido no Brasil teria sido desvalorizado em cerca de 50%.


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REFERÊNCIA(S):

BRAICK, Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 3ª ed. reform. e atual. São Paulo: Moderna, 2007.
FAUSTO, Boris; FAUSTO, Sérgio (colab). História do Brasil. 14ª ed. atual. e ampl., 2º reimpr. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2015.
MELLO, José Antônio Gonsalves de. Tempo dos Flamengos: A influência da ocupação holandesa na vida e cultura do norte do Brasil. 3ª ed. Rio de Janeiro: Top Books, 2001.
MICELI, Paulo. História Moderna. 4ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2020.
SCHWARCZ, Lilia Moritz; STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. 1ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos. 3. ed., 9ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2020.
VINCENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2002.
WOOLF, Alex. Uma nova história do mundo. São Paulo: M. Books do Brasil Editora Ltda, 2014.
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Eudes Bezerra

37 anos, recifense, graduado em Direito e História. Diligencia pesquisas especialmente sobre Antiguidade, História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever, planejar e executar o que planeja.

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