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Idade Moderna

Jim Jones e o Suicídio Coletivo de JonesTown

O maior suicídio coletivo da era moderna quando, na floresta amazônica, cerca de 900 pessoas morreram pela ideologia “revolucionária” do pastor Jim Jones.


jim jones e o suicídio coletivo de jonestown
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Escrito por Eudes Bezerra
Leitura: 5 minutos
jim jones e o suicídio coletivo de jonestown
Com 918 mortos, incluindo 300 crianças, a loucura de Jim Jones em Jonestown é por muitos considerado o maior suicídio em massa da história. Créditos: AP Photo.

Há mais de trinta anos um suicídio coletivo chocou o mundo inteiro. Cerca de 918 pessoas tomaram veneno em prol da libertação revolucionária, tendo como líder o pastor americano Jim Jones.

A tragédia ocorreu em uma comunidade que existia em meio a Floresta Amazônica, no território que pertencia a Guiana. Esse é o maior suicídio coletivo que a história moderna já registrou.

Nesse artigo você vai entender como tudo aconteceu.

Não deixe de acompanhar e boa leitura!
camisa com estampa de espartano

SUMÁRIO

1 Jim Jones – em prol da seita Templo dos Povos
⠀⠀1.1 A mentira de Jim Jones
⠀⠀1.2 Denúncias e riqueza do Templo dos Povos
2 Saiba mais sobre Jonestown
3 Visita de Leo Ryan a Jonestown seguida de mortes
4 Suicídio coletivo de Jonestown
Referências

1 JIM JONES – EM PROL DA SEITA TEMPLO DOS POVOS

As mais de 900 pessoas que cometeram suicídio participaram de uma seita religiosa chamada de Templo dos Povos. A seita era liderada por Jim Jones.

O grupo foi fundado no ano de 1956, no estado de Indiana, nos Estados Unidos. Dez anos depois, a igreja da seita começou a atrair seguidores e também a chamar a atenção da mídia.

1.1 A mentira de Jim Jones

O pastor pregava uma utopia socialista cristã na qual fazia discursos, usando conceitos de igualdade que eram bastante conhecidos e populares na época.

Havia vários assuntos que Jim Jones citava em seus discursos. Por exemplo, ele falava sobre a vida comunitária, igualdade de renda, comida gratuita, vestuário simples e distribuição de carvão para os mais pobres no inverno. Tudo isso era combinado com a religiosidade cristã.

Foi assim que Jim Jones conseguiu um número grande de fiéis. A mídia, de uma forma geral, começou a se interessar pelo que Jim Jones praticava. Mas isso começou a mudar quando alguns seguidores informaram que foram enganados.

o pastor Jim Jones em são francisco
Jim Jones em frente ao International Hotel na cidade de São Francisco, Califórnia, em 1977. Créditos: Nancy Wong.

1.2 Denúncias e riqueza do Templo dos Povos

Os seguidores que se sentiam enganados contavam histórias de treinamento de suicídio em massa e de castigos corporais. Além disso, os seguidores também relataram que foram obrigados a darem o seu salário e depois até mesmo suas casas.

Alguns anos após a sua criação, o Templo dos Povos foi transferido para a Califórnia. Um cartório do local tinha documentos, onde constavam mais de 60 propriedades que foram doadas para a igreja.

Algumas informações da época também mostraram que a seita de Jim Jones tinha mais de 10 milhões de dólares em barras de ouro e propriedades.

2 SAIBA MAIS SOBRE JONESTOWN

Esses relatos acabaram chamando a atenção da mídia e do governo americano. O estilo de Jim Jones já era considerado ditatorial e messiânico pela mídia.

Querendo ser esquecido pelos meios de comunicação e com medo de que sua igreja fosse destruída pelo governo, Jones criou uma comunidade na Mata Atlântica. O local ficava no meio da mata, na América do Sul. Cerca de mil seguidores acompanharam Jim.

A cidade criada em 1977 se tornou conhecida como Jonestown. No local, a comunidade criou escolas, bangalôs e plantou verduras e legumes. Para se manter informados, a comunidade possuía um rádio central.

vítimas do suicídio coletivo de jim jones
Cerca de 300 crianças inocentes foram assassinadas no ato de Jim Jones. Créditos: autoria desconhecida.

3 VISITA DE LEO RYAN A JONESTOWN SEGUIDA DE MORTES

Cerca de um ano depois da fundação da Jonestown, Leo Ryan, um deputado americano, resolveu visitar a comunidade, em conjunto com jornalistas e assessores. A ideia era ter certeza de que estava tudo bem, já que os familiares dos seguidores estavam preocupados.

Pessoas relatavam que um regime ditatorial havia sido imposto, punições severas e que havia guardas armados para impedir a fuga das pessoas.

Inicialmente, a visita ocorreu de forma positiva. O deputado chegou até a dizer que as pessoas estavam bem e felizes. Porém, o que dizem é que tudo era apenas encenação para que acreditassem que tudo corria tranquilamente.

Depois disso, um dos jornalistas recebeu um bilhete pedindo socorro. Quando todos pretendiam voltar para os Estados Unidos, guardas armados impediram. Cinco pessoas foram mortas com tiros, inclusive o deputado.

Leo Ryan vítima de Jim Jones
A morte do deputado estadunidense Leo Ryan provavelmente fez Jim Jones emitir o sinal verde para o suicídio coletivo em Jonestown, visto que Jim sabia que o assassinato de um deputado norte-americano não sairia “barato” de modo algum, mesmo estando fora dos Estados Unidos (Jonestown se localizava na Guiana, na América do Sul). Créditos: Ap Photo.

4 SUICÍDIO COLETIVO DE JONESTOWN

Poucas horas depois do ataque à imprensa e ao Congresso dos EUA, os membros do Templo foram orientados por Jim Jones a cometerem um suicídio coletivo.

Tanto crianças quanto adultos beberam cianureto com suco. Os que não tomaram a bebida foram assassinados.

Assim, não há como não se falar em massacre, já que as pessoas não possuíam nenhuma outra alternativa. Apenas 35 pessoas sobreviveram.

Jim Jones foi encontrado morto, com um tiro na cabeça. Depois de induzir a comunidade, possivelmente Jones teria se suicidado.


O que achou do horror de Jim Jones e do suicídio coletivo de 900 pessoas? Comente! Adoraríamos ter a sua opinião!



REFERÊNCIA(S):

BBC. Jonestown: ¿cómo ocurrió el mayor suicidio colectivo de la historia?. Acesso em: 16 out. 2018.
BLAINEY, Geoffrey. Uma Breve História do Século XX. São Paulo, SP: Fundamento, 2008.
BRAICK, Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 3ª ed. reform. e atual. São Paulo: Moderna, 2007.
VINCENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2002.
IMAGEM(NS):
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Eudes Bezerra

35 anos, pernambucano arretado, bacharel em Direito e graduando em História. Diligencia pesquisas especialmente sobre História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever, planejar e principalmente executar o que planeja. Na Internet, atua de despachante a patrão, enfatizando a criação de conteúdo.

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