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Curiosidades e Listas

Pé de elefante de Chernobyl

Mesmo após décadas, a lava chamada de Pé de Elefante de Chernobyl continuar a emitir níveis extremamente altos de radiação.


Cientista fotografando o pé de elefante de Chernobyl
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Escrito por Eudes Bezerra
Leitura: 4 minutos
Cientista fotografando o pé de elefante de Chernobyl
Mesmo após décadas, a lava chamada Pé de Elefante de Chernobyl continuar a emitir níveis extremamente altos de radiação. Créditos: autoria desconhecida / Montagem: Eudes Bezerra.

O Pé de Elefante de Chernoby é uma consequência do Desastre de Chernobyl e ainda se trata de uma grave ameaça mortal. Mesmo coberto com concreto e areia para reduzir seus efeitos, ainda continua a propagar forte radiação. 

Ainda hoje, as autoridades ainda tentam remover essa massa radioativa incrivelmente resistente ao tempo.

Boa leitura!

CONTEXTO DO DESASTRE DE CHERNOBYL

Na madrugada de 26 de abril de 1986, enquanto a cidade de Pripyat dormia, o reator número 4 da usina de energia nuclear de Chernobyl superaqueceu e explodiu em uma chama de cores, que mais parecia um arco-íris fluorescente, alcançando mil metros de altura.

Registrado como o pior acidente industrial e ambiental da história, a explosão de Chernobyl produziu uma chuva radioativa que pôde ser detectada além da antiga União Soviética, como na Europa Oriental, Escandinávia, Inglaterra, inclusive no leste dos Estados Unidos.

Após o desastre houve uma verdadeira batalha contra o tempo, em que milhares de soviéticos sucumbiram tentando parar o vazamento de material radioativo e moderar os efeitos da radioatividade, construindo um sarcófago ao redor do reator acidentado.

O Sarcófago, ou túmulo, como ficou conhecido, foi projetado para evitar que a radiação continuasse a ser lançada na atmosfera, poluído tudo que tocasse.
O trabalho árduo e incansável preveniu o mundo de ver uma catástrofe ainda maior.

Vista interna da sala de controle da unidade 3 da Usina Nuclear de Chernobyl, uma sala igual ao do reator número 4.
Vista interna da sala de controle da unidade 3 da Usina Nuclear de Chernobyl, uma sala igual ao do reator número 4. Atualmente, mais de 3.000 pessoas continuam trabalhando em Chernobyl para monitorar o combustível nuclear e realizar o descomissionamento da instalação. Créditos: Dana Sacchetti/IAEA.
Um helicóptero pulveriza um líquido de descontaminação perto do reator de Chernobyl
Um helicóptero pulveriza um líquido de descontaminação perto do reator de Chernobyl, Ucrânia, 1986. Créditos: autoria desconhecida / Banco de Imagens AIEA.

PÉ DE ELEFANTE DE CHERNOBYL

Um dos resultados da explosão foi a criação de uma espécie de lava incandescente, composta por água, areia e dióxido de urânio que se formou dentro do duto de ventilação.

Apesar de não possuir grandes dimensões, medindo cerca de 2 metros de largura e 1 metro de altura, ficou conhecida como “Pé de Elefante” — nome dado devido o formato da lava — e pesava mais de uma tonelada.

O material era tão radioativo que acabou ficando conhecido como a verdadeira Medusa, uma vez que quem olhasse ou se encontrasse no mesmo espaço, a morte era certa e ocorria em poucos minutos.

Alguns dias após o desastre, cientistas e pesquisadores soviéticos tentaram enviar robôs até a lava para recolher material e fotografá-lo, contudo, a radioatividade era tão poderosa, que os sistemas eletrônicos falharam.

Por fim, uma foto foi tirada utilizando um sistema de espelhos.

Atualmente, apesar da radioatividade ainda ser extremamente alta dentro do sarcófago, que envolve o reator de número 4, já é possível chegar perto do Pé de Elefante.

No entanto, a permanência deve ser por poucos minutos e com roupas de proteção (EPI) adequadas.

O Pé de Elefante de Chernobyl
O Pé de Elefante é assim chamado por possuir aparência enrugada, o que se assemelha bastante a um pé de elefante. Encontra-se na sala 217, do reator número 4 de Chernobyl. Créditos: autoria desconhecida.
Máscaras contaminadas e abandonadas na usina de Chernobyl.
Máscaras contaminadas e abandonadas na usina de Chernobyl. Créditos: autoria desconhecida.

PODE USAR TRECHOS DA MATÉRIA. FIQUE À VONTADE!

Só pedimos que cite (referencie) o site, bastando fazer do seu jeito ou como no exemplo:

Fonte: Incrível História: https://incrivelhistoria.com.br/

Obrigado!


REFERÊNCIAS PRINCIPAIS:

BBC (org.). Special Report: 1997: Chernobyl. Containing Chernobyl?. Acessado em: 30 de ago. de 2013.

LARABEE, AnN. Decade of disaster. University of Illinois Press, 2000. p. 50. Acessado em: 30 de ago. de 2013.

FOX News. If You Looked Directly At It, You’d Die. Acessado em: 30 de ago. de 2013.

IMAGEM(NS):
Buscou-se informações para creditar a(s) imagem(ns), contudo, nada foi encontrado. Caso saiba, por gentileza, entrar em contato: contato@incrivelhistoria.com.br

PALAVRAS-CHAVE SECUNDÁRIAS: desastre de Chernobyl, desastre nuclear, pé de elefante de Chernobyl, radioatividade, união soviética.

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Eudes Bezerra

35 anos, pernambucano arretado, bacharel em Direito e graduando em História. Diligencia pesquisas especialmente sobre História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever, planejar e principalmente executar o que planeja. Na Internet, atua de despachante a patrão, enfatizando a criação de conteúdo.

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