Brasil Pedrinho Matador – o líder dos homicidas brasileiros Com a filosofia de que "ninguém vale merda nenhuma", Pedrinho matou bandidos e se tornou tema de debate: bandido que mata bandido é bandido ou justiceiro? Brasil • Criminosos • Idade Contemporânea • Períodos • Personalidades • República Autor: Eudes Bezerra Matéria criada em 19 setembro 2013 Atualizada em 5 junho 2017 2 minutos Pedrinho Matador Preso. Créditos: Divulgação/Polícia Civil do Estado de Santa Catarina, 2011. No dia 14 de setembro de 2011, em Balneário Camboriú/SC, aconteceu a recaptura de Pedro Rodrigues Filho, mais conhecido como “Pedrinho Matador”. O homicida dono da maior pena privativa de liberdade já aplicada no Brasil — quase 400 anos de cárcere e ainda aguardando julgamento por assassinatos. Sua apresentação na delegacia causou grande tumulto e reacendeu os questionamentos sobre a pena de morte no Brasil. Pedro Rodrigues Filho, além de ser o maior homicida brasileiro, também é considerado um raro exemplo de sobrevivência dentro do cárcere nacional. Preso aos 18 anos de idade, viveu toda a fase adulta confinado nos porões do Sistema Penitenciário Brasileiro. Com a filosofia de que “ninguém vale merda nenhuma”, ele vem trilhando seu terrível caminho. O início da matança Destruiu sua primeira vítima aos catorze anos de idade (algumas fontes dizem 13). De lá para cá, vem propagando um rastro de sangue sem fim. Executou, segundo conta própria, mais de 100 pessoas, sendo boa parte dentro do cárcere (47). Não hesitou em matar o próprio pai — do qual arrancou parte do coração —, tendo assim, cumprido sua promessa de vingar a morte de sua mãe. Também conhecido como O Vingador, Pedrinho Matador caçava e executava outros criminosos, saciando seu instinto assassino ao sobrepujar aquele que considerava perverso. Sofreu diversas tentativas de assassinato dentro e fora da prisão. Em certa ocasião, executou três dos cinco homens que tentaram matá-lo, colocando os outros dois em fuga. De tratamento cortês, Pedro Rodrigues nem de longe aparenta ser aquele que sozinho e quase sempre sem o uso de arma de fogo, é a personalidade criminosa que encabeça a lista dos homicidas brasileiros. No entanto, trata-se da velha máscara utilizada por si e seus pares, os psicopatas, para encobrir uma ferocidade monstruosa. A psiquiatra Ana Beatriz Silva adverte sobre a aptidão criminosa inerente ao psicopata: “se existe uma ‘personalidade criminosa’, esta se realiza por completo no psicopata. Ninguém está tão habilitado a desobedecer às leis, enganar ou ser violento como ele”. (SILVA, 2008, p. 129) Os indivíduos dessa classe (psicopatas) “não se preocupam com punições futuras pelos atos que praticam. E como eles próprios não sentem medo, não há lugar para a empatia — ou piedade — em relação ao medo e à dor de suas vítimas”. (GOLEMAN, 2001, p. 123) Pedro Rodrigues é um caso que gera infinitas discussões: de um lado, trata-se de um monstro terrível e temido pela sociedade, mas, de outro, parece existir uma aceitação tácita — pela mesma sociedade — para que continue a delinquir (para que continue a executar outros bandidos). REFERÊNCIAS: GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional. trad. Marcos Santarrita. 84. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes Perigosas: O Psicopata Mora ao Lado. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008. Desmanipulador. Pedrinho Matador. 18 jan. 2013. Ficha Criminal. Pedrinho Matador. 18 jan. 2013. Eudes Bezerra37 anos, recifense, graduado em Direito e História. Diligencia pesquisas especialmente sobre Antiguidade, História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever, planejar e executar o que planeja. Tags usadas: Deixe um comentário Cancelar respostaO seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *Comentário * Nome E-mail Veja tambémCaporegime: Entre o Don e o gatilhoBombardeio com as mãos na Grande GuerraEstandarte do Espírito MongolSelo da câmara de Tutancâmon