Curiosidades e Listas 5 curiosidades do dia D, 6 de junho de 1944 5 curiosidades do Dia D na Segunda Guerra Mundial com mais de 10 imagens que retratam bem a maior invasão anfíbia da história. Curiosidades e Listas • Guerras • Idade Contemporânea • Segunda Guerra Mundial Autor: Eudes Bezerra Matéria criada em 10 junho 2023 9 minutos 5 curiosidades do Dia D na Segunda Guerra Mundial com mais de 10 imagens que retratam bem a maior invasão anfíbia da história. Créditos: autoria desconhecida / Montagem: Eudes Bezerra. O Dia D, 6 de junho de 1944, dia da maior invasão anfíbia da história sob o codinome Operação Overlord. Curiosidades do dia D com 10 fotos que retratam bem o evento histórico ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial! O discurso encorajador de Dwight Eisenhower, o Comandante Supremo dos Aliados durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945): Soldados, marinheiros e aeronautas da Força Expedicionária Aliada! Vocês estão prestes a embarcar para a Grande Cruzada, rumo à qual temos nos esforçado durante estes muitos meses. Os olhos do mundo estão sobre vocês. As esperanças e orações dos povos amantes da liberdade em toda parte marcham com vocês. Na companhia de nossos bravos aliados e irmãos-de-armas em outras frentes, vocês provocarão a destruição da máquina de guerra alemã e a eliminação da tirania nazista sobre os povos oprimidos da Europa e trarão paz para nós mesmos num mundo livre. Sua tarefa não será fácil. Seu inimigo é bem treinado, bem equipado e endurecido pela batalha. Ele vai lutar com selvageria. Mas este é o ano de 1944! Muito aconteceu desde os triunfos nazistas de 1940-41. As Nações Unidas infligiram aos alemães grandes derrotas, em combate aberto, homem-a-homem. Nossa ofensiva aérea reduziu seriamente a força deles no ar e sua capacidade de fazer a guerra no solo. Nossas frentes domésticas nos deram uma avassaladora superioridade em armas e munições de guerra e puseram à nossa disposição grandes reservas de combatentes treinados. A maré virou! Os homens livres do mundo estão marchando juntos à vitória! Tenho toda a confiança em sua coragem, devoção ao dever e competência de combate. Não aceitaremos menos do que a vitória completa! Boa sorte! E vamos todos buscar a bênção de Deus Todo-Poderoso para esta grande e nobre missão. A infantaria aliada atravessou o Inferno durante a Invasão da Normandia. Créditos: autoria desconhecida. Boa leitura! INTRODUÇÃO: UM POUCO SOBRE OS PREPARATIVOS PARA O DIA D Os Aliados fizeram uso de mais de 5.000 navios dos mais vários tipos para apoio e desembarque anfíbio para despejar mais de 150.000 soldados em apenas cinco praias da Normandia, no noroeste da França. Os desembarques marcaram o início de uma longa e cara campanha no noroeste da Europa, que finalmente convenceu o alto comando alemão de que a derrota era inevitável. No primeiro semestre de 1944, mais de 2 milhões de soldados de mais de 12 países estavam na Grã-Bretanha em preparação para a invasão. No Dia D, as forças aliadas consistiam principalmente em tropas americanas, britânicas e canadenses, mas também incluíam apoio naval, aéreo ou terrestre, como: Australianos; Belgas; Tchecos; Holandeses; Franceses; Gregos; Neozelandeses; Noruegueses; Rodesianos; e Poloneses. CURIOSIDADES DO DIA D #1: O DIA D FOI SÓ O INÍCIO DA OPERAÇÃO OVERLORD! No Dia D, 6 de junho de 1944, as forças aliadas lançaram um ataque combinado naval, aéreo e terrestre na França ocupada pelos nazistas. O “D” em D-Day significa simplesmente “dia”, por isso Dia D, e não Deliverance ou Debarkation, como vez ou outra se diz. O termo foi usado para descrever o primeiro dia de qualquer grande operação militar, acabando por se popularizar para o público em geral nas mais diversas áreas, como a área de marketing e propaganda. No início de 6 de junho, as forças aerotransportadas aliadas saltaram de paraquedas em zonas atrás das linhas alemãs na França. As tropas terrestres de combate desembarcaram a partir de lanchas para o assalto em cinco praias dominadas pelos alemães, que foram: Utah; Omaha Gold; Juno; e Sword. Ao fim do dia D, os Aliados haviam estabelecido uma importantíssima posição ao longo da costa, possibilitando o início do avanço sobre a França. A Invasão da Normandia representou um pesadelo logístico em sua preparação e por isso ostenta o título de maior operação anfíbia da história das guerras. Créditos: autoria desconhecida / Unidade de filme e fotografia do exército britânico nº 5. CURIOSIDADES DO DIA D #2: A OPERAÇÃO OVERLORD ABRIU A TÃO ESPERADA SEGUNDA FRENTE CONTRA A ALEMANHA! A derrota total da Alemanha foi concebida como o principal objetivo de guerra dos Aliados já em dezembro de 1941, mesmo existindo o Grande Império do Japão que havia acabado de entrar no conflito com o ataque a Pearl Harbor. A abertura de uma segunda frente aliviaria a pressão sobre a União Soviética no leste — algo que Joseph Stálin solicitava recorrentemente. Também acarretaria a libertação da França, o que enfraqueceria dramaticamente a posição geral da Alemanha na Europa Ocidental. Ainda, a invasão, se bem-sucedida, drenaria os recursos alemães e bloquearia o acesso a inúmeros locais logísticos e militares importantes para a Alemanha nas regiões ocupadas. Por fim, garantir uma cabeça de ponte segura na Normandia também permitiria aos Aliados estabelecer uma presença maciça no norte da Europa pela primeira vez desde a surra sofrida e vexatória que culminou com a Evacuação de Dunquerque em 1940. Paraquedistas aliados na Normandia: uma imensa quantidade de paraquedistas aterrissou em posições erradas que, entretanto, ajudou a criar confusão nos contra-ataques alemães. Créditos: autoria desconhecida. Paraquedistas americanos prontos para saltar no Dia D durante a Segunda Guerra Mundial. Créditos: autoria desconhecida / AP. CURIOSIDADES DO DIA D #3: A MAIOR OPERAÇÃO NAVAL, AÉREA E TERRESTRE DA HISTÓRIA! Pouco depois da meia-noite de 6 de junho de 1944, mais de 18.000 paraquedistas aliados foram lançados nas áreas de invasão para fornecer apoio tático às divisões de infantaria nas praias. As forças aéreas aliadas realizaram mais de 14.000 ataques em apoio aos desembarques anfíbios e, como os Aliados já possuíam a supremacia aérea antes da invasão, muitos desses voos não foram repelidos pela força aérea alemã, a ainda poderosa Luftwaffe. Quase 7.000 embarcações navais, incluindo encouraçados, contratorpedeiros, caça-minas, escoltas e embarcações de assalto, participaram da Operação Neptune, o componente naval da Operação Overlord. As forças navais foram responsáveis pela escolta e desembarque de mais de 132.000 soldados nas praias francesas. Também foram realizados bombardeios contra as defesas costeiras alemãs antes e durante os desembarques, fornecendo um precioso apoio de artilharia para as tropas que desembarcavam em meio ao caos. Tropas aliadas desembarcaram em 5 praias da Normandia em 6 de Junho de 1944, acentuando o colapso da Alemanha Nazista de Adolf Hitler. Créditos: autoria desconhecida / Getty Images. CURIOSIDADES DO DIA D #4: AS DEFESAS ALEMÃS NA NORMANDIA VARIARAM EM EFICÁCIA NA MURALHA DO ATLÂNTICO! A Alemanha tentou defender a costa norte da França com uma série de fortificações conhecidas como Muralha do Atlântico. Porém, as defesas alemãs eram frequentemente incompletas e insuficientemente equipadas, principalmente quando a maré da guerra se voltou contra a Alemanha Nazista. Membros da Resistência Francesa e do Executivo Britânico de Operações Especiais (SOE) forneceram informações e ajudaram a enfraquecer as defesas por meio de atos de sabotagem na França ocupada. As campanhas de blefes e códigos falsos dos Aliados conseguiram convencer os alemães até julho de 1944 de que a principal força de invasão ainda desembarcaria em outro lugar. A ameaça dessa segunda invasão maior acabou por reter preciosos recursos alemães longe da Normandia, o que facilitou o sucesso do Dia D. Em alguns pontos, a Muralha do Atlântico era formidável e capaz de repelir pesadas incursões. Contudo, em outros não passava de arame farpado e algumas casamatas com metralhadoras e rifles. Créditos: autoria desconhecida / Getty Images. Obstáculos anticarro de concreto armado nas praias holandesas. Os tanques aliados sofriam com esse tipo de obstáculo, tendo que destruí-lo antes, o que levava tempo e impossibilitava o rápido e livre avanço. Créditos: autoria desconhecida / Getty Images. A Muralha do Atlântico possuía aproximadamente 2.685 km de posições fortificadas ao longo das costas do Atlântico, Canal da Mancha e Mar do Norte, sendo algo muito além da proteção da costa francesa. Créditos: autoria desconhecida / Wikimedia Commons. Ainda, a defesa alemã também sofria com a estrutura de comando e muitas vezes se via confusa por conta das constantes interferências de Adolf Hitler em assuntos militares. No entanto, os Aliados enfrentaram uma série de contratempos tanto em 6 de junho quanto nos meses seguintes. No Dia D, os americanos chegaram perto da derrota em Omaha, em parte porque o bombardeio aéreo e naval preliminar falhou em destruir as imponentes fortificações de defesa alemãs. Também havia o fato de que os aliados enfrentaram tropas alemãs altamente eficazes que ganharam experiência mortífera na Frente Oriental, ainda que embaixo número de soldados. Ao longo da Batalha da Normandia, a superioridade técnica alemã com seus tanques de guerra e armas antitanque, bem como a habilidade tática de seus comandantes, deram às forças alemãs uma vantagem sobre os Aliados. Contudo, os alemães nunca foram capazes de explorar plenamente seus sucessos ou as fraquezas dos Aliados de forma decisiva. Não foram capazes principalmente por conta da boa preparação dos Aliados para o dia D, que jorrava soldados concentrados nas cinco praias francesas supramencionadas. Erwin Rommel inspecionando a Muralha do Atlântico: Rommel ficou assustado com a precariedade das defesas e apontou que o local exato do desembarque seria na Normandia, mas Hitler não teria lhe dado ouvido. Créditos: Kurth/ Arquivo Federal Alemão. CURIOSIDADES DO DIA D #5: O DIA D FOI POSSÍVEL DEVIDO AOS ESFORÇOS ALIADOS EM OUTROS LUGARES! O Dia D foi possível graças aos esforços dos Aliados em todas as frentes, antes e depois de junho de 1944. Ao planejar o Dia D, os comandantes aliados tiraram lições preciosas de derrotas e falhas contundentes anteriores, como Dieppe (1942), na França, e Anzio (1944), na Itália. Outro ponto importantíssimo recai sobre a campanha de bombardeio estratégico diário dos Aliados, que começou em 1942, e enfraqueceu duramente a indústria germânica, forçando a Alemanha a comprometer mão de obra e recursos da Normandia para a defesa interna. Garantir a superioridade aérea também permitiu aos Aliados realizar o reconhecimento aéreo, dando-lhes informações vitais sobre a localização das posições de defesas da Alemanha. O Dia D também dependia do controle aliado do Atlântico, que foi finalmente alcançado em 1943 com a vitória definitiva da Batalha do Atlântico. A campanha na Itália acabou por sugar muitas tropas alemãs experientes das frentes ocidental e oriental, dividindo ainda mais as forças germânicas, uma vez que a Itália de Mussolini se encontrava fora da guerra e o território era defendido pela Alemanha. A ofensiva bielorrussa soviética, a Operação Bagration, foi lançada logo após Overlord e destruiu todo o Centro do Grupo de Exército Alemão, o que também reteve as forças alemãs experientes no leste. Após dois meses e meio do Dia D, os Aliados lançaram uma segunda invasão na costa sul da França e iniciaram um avanço simultâneo com a primeira invasão (a do dia D) em direção à Alemanha. Vítimas canadenses do fiasco sofrido na Batalha de Dieppe em 19 de agosto de 1942, França. Créditos: autoria desconhecida. A imensidão da invasão no Dia D também tratou de ser uma poderosa propaganda de guerra em prol dos Aliados Ocidentais contra a União Soviética. Créditos: autoria desconhecida / Arquivos Nacionais dos EUA). PODE USAR TRECHOS DA MATÉRIA. FIQUE À VONTADE! Só pedimos que cite (referencie) o site, bastando fazer do seu jeito ou como no exemplo: Fonte: Incrível História: https://incrivelhistoria.com.br/ Obrigado! REFERÊNCIAS PRINCIPAIS: CUMMINS, Joseph. As Maiores Guerras da História. trad. Vania Cury. Rio de Janeiro: Ediouro, 2012. GILBERT, Adrian. Enciclopédia das Guerras: Conflitos Mundiais Através do Tempo. trad. Roger dos Santos. São Paulo: M. Books, 2005. LIDDELL HART, Basil Henry. As Grandes Guerras da História. 3.ed. trad. Aydano Arruda. rev. e anot. tec. Gen. Reynaldo Mello de Almeida. São Paulo: IBRASA, 1982. TOTA, Pedro. Segunda Guerra Mundial. In.: MAGNOLI, Demétrio (org.). História das Guerras. 5 ed. São Paulo: Contexto, 2011. MASSON, Philippe. A Segunda Guerra Mundial: História e Estratégias. trad. Angela M. S. Corrêa. São Paulo: Contexto, 2011. IMAGEM(NS): Buscou-se informações para creditar a(s) imagem(ns), contudo, nada foi encontrado. Caso saiba, por gentileza, entrar em contato: contato@incrivelhistoria.com.br PALAVRAS-CHAVE SECUNDÁRIAS: curiosidades sobre a segunda guerra mundial, segunda guerra mundial, guerras mundiais, guerra, normandia. Eudes Bezerra37 anos, recifense, graduado em Direito e História. Diligencia pesquisas especialmente sobre Antiguidade, História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever, planejar e executar o que planeja. Tags usadas: curiosidades do mundo guerras modernas guerras mundiais segunda guerra mundial Deixe um comentário Cancelar respostaO seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *Comentário * Nome E-mail Veja tambémEstandarte do Espírito MongolMorre Frederico Barbarossa na Terceira CruzadaRamsés II marketeiroKadesh: Primeiro Tratado de Paz da História