Pirâmide de capacetes alemães em New York

Escrito por Eudes Bezerra

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Pirâmide de capacetes alemães em frente ao Grand Central Terminal de Nova Iorque em comemoração à vitória na Primeira Guerra Mundial. Créditos: autoria desconhecida / Museu Nacional de História Americana/ Montagem: Eudes Bezerra.

Uma pirâmide de capacetes alemães com mais de 12 mil unidades — do tipo Pickelhaube — em frente ao Grand Central Terminal de Nova Iorque, nos Estados unidos, em comemoração à vitória na Primeira Guerra Mundial.

Embora muitos aspectos e detalhes do registro fotográfico tenham sido confirmados, a figura que foi colocada no topo da pirâmide ainda está sujeita a especulações — algumas fontes acreditam que seja Nike, a deusa grega da vitória.

Existem também dois canhões, um localizado à esquerda e outro à direita da pirâmide de capacetes alemães.

Além de uma foto bem enquadrada, o registro é interessante por seu simbolismo, impacto sociológico e significado histórico.

No entanto, muitas pessoas têm a visão macabra da pirâmide de capacetes alemães: tantos capacetes inimigos empilhados pode significar que cada capacete represente uma pessoa morta, ferida ou com deficiência permanente…

Ironicamente, os norte-americanos só desembarcaram na guerra em 1917 (e a guerra acabou em 1918).

pirâmide de capacetes alemães da primeira guerra mundial nos estados unidos — Com canhões em primeiro plano, as numerosas bandeiras e as águias no topo dos pilares, o simbolismo desta imagem é poderoso. Créditos: autoria desconhecida / Museu Nacional de História Americana.

A Pirâmide de capacetes alemães foi erguida sobre um suporte oco. Créditos: autoria desconhecida.

TROCA DE CAPACETES: DO PICKELHAUBE AO STAHLHELM

Durante os primeiros meses da Primeira Guerra Mundial, logo se descobriu que o Pickelhaube não estava à altura das exigentes condições da guerra de trincheiras.

Os capacetes de couro praticamente não ofereciam proteção contra fragmentos de projéteis e estilhaços, tendo a própria ponta do capacete tornado o seu usuário um alvo.

Essas deficiências, combinadas com a escassez de material, levaram à introdução do capacete modelo 1915 simplificado, com ponta destacável.

Ainda em 1915, foi ordenado que os novos capacetes fossem usados sem pontas, quando na linha de frente.

A partir de 1916, o Pickelhaube foi lentamente substituído por um novo e revolucionário capacete de aço — o conhecido Stahlhelm — destinado a oferecer maior proteção na cabeça contra fragmentos de projéteis e até disparos de armas simples.

Com a entrada do capacete de aço Stahlhelm, as mortes por ferimento na cabeça caíram cerca de 70%, dando provas cabais de sua eficácia.

Um soldado alemão durante a primeira guerra mundial com o seu capacete Stahlhelm, que seria modificado na Segunda Guerra Mundial se tornando um dos símbolos da Alemanha Nazista. Créditos: Arquivo Federal Alemão.

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WILLMOTT, H. P.. Primeira Guerra Mundial. trad. Cecília Bartalotti, Myriam Campello, Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.

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PALAVRAS-CHAVE SECUNDÁRIAS: guerras, guerras mundiais, capacete militar, stahlhelm, pickelhaube, primeira guerra mundial.

Eudes Bezerra

35 anos, pernambucano arretado, bacharel em Direito e graduando em História. Diligencia pesquisas especialmente sobre História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever, planejar e principalmente executar o que planeja. Na Internet, atua de despachante a patrão, enfatizando a criação de conteúdo.

Pirâmide de capacetes alemães em New York

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