
Na decisiva Terceira Guerra Púnica, Roma se sobressairia totalmente sobre sua antiga rival, Cartago, que arderia em chamas até ser completamente destruída após um longo e custoso cerco à cidade que resistiu por 3 anos.
Depois de saquearem a cidade, os romanos procuraram se certificar de que Cartago não estivesse apenas derrotada, mas destruída. A fim de garantir que Cipião Emiliano fizesse isso da forma correta, uma comissão de senadores […] foi enviada de Roma.
Amplas áreas da cidade já tinham sido destruídas durante a luta. Agora, o restante seria queimado, e todas as estruturas remanescentes demolidas.
Há uma história famosa de que o chão foi lavrado e semeado com sal, de modo que nada mais germinasse ali, mas isso provavelmente é uma invenção posterior. Ainda assim, a destruição de Cartago foi completa” (CUMMINS, 2012, p. 37)
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Boa leitura!
SUMÁRIO DA TERCEIRA GUERRA PÚNICA
1. O que foi a Terceira Guerra Púnica?
2. Causas: “Cartago deve ser destruída” – delenda est Carthago!
3. Cerco a Cartago
4. Destruição de Cartago
5. Legado das Guerras Púnicas
Referências
1. O QUE FOI A TERCEIRA GUERRA PÚNICA?
Em breves palavras, o fim da civilização cartaginesa.
A Terceira Guerra Púnica foi um conflito travado entre 149 a 146 a.C., que assinalou a destruição total de Cartago e a supremacia de Roma. Com a famosa expressão “Cartago deve ser destruída”, os romanos invadiram e destruíram a cidade rival.
Por ser bem fortificada, um cerco foi armado e exigiu bastante paciência dos romanos que não tiveram pena quando finalmente conseguiram invadir a cidade.
A população cartaginesa resistiu o máximo que pode, mas seus antigos aliados eram aliados de Roma agora e Cartago estava fadada à ruína.
Com o fim da Terceira Guerra Púnica, em 146 a.C., a república romana havia se tornado a maior potência do Mediterrâneo e ampliado seus domínios em todas as direções.
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2. CAUSAS: “CARTAGO DEVE SER DESTRUÍDA” – DELENDA EST CARTHAGO!
Após o fim da Segunda Guerra Púnica, Cartago era uma cidade aparentemente condenada à ruína e servidão a Roma, que pagava tributos elevadíssimos aos romanos e estava proibida de fazer expansões.
Qualquer ato de caráter militar deveria ser autorizado por Roma, na qual muitos patrícios ainda viam a antiga rival africana como uma ameaça e por isso sempre enviavam comissões regulares para averiguar o desenvolvimento da cidade.
Catão, um senado notório por suas ideias de destruição de Cartago e a quem se credita ter cunhado a expressão “Cartago deve ser destruída” (delenda est Carthago”, do latim), havia fiscalizado e averiguado o rápido crescimento que a cidade passava, apesar das pesadas limitações romanas.
De volta à Roma, Catão inflamou os demais senadores acerca da destruição cartaginesa para que a própria Roma vivesse livre da ameaça que futuramente poderia surgir novamente.
Mas faltava um pretexto de queda do tratado de paz para tal invasão e os senadores romanos precisavam de um para legitimar a sua ação destrutiva.
O rei Massinissa, rei da Numídia, ex-aliado de Aníbal Barca (e Cartago, claro), mas agora aliado de Roma, invadiu o território cartaginês em uma trama que mais parecia ensaiada.
Os cartagineses pegaram em armas para se defender e agora os romanos tinham o motivo para a guerra.
Cartago ainda tentou negociar diversas vezes, mas a decisão romana havia sido toma muito antes que o próprio Massinissa invadisse.

3. CERCO A CARTAGO
Os romanos cercaram e assediaram a incrivelmente bem fortificada cidade de Cartago por três longos anos e durante esse processo aprenderam bastante sobre sítio, desenvolvendo habilidades essenciais para operações futuras.
Todos os cidadãos de Cartago teriam contribuído para a resistência, mas pouco poderia fazer para conter a máquina de guerra romana em plena ascensão.
O comando coube a Cipião Emiliano, um “descendente” de Cipião Africano. Cipião Emiliano ficaria conhecido como Cipião Africano Menor ao conquistar e arrasar Cartago literalmente até o chão.
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4. DESTRUIÇÃO DE CARTAGO
Os romanos destruíram Cartago completamente. O que fosse passível de fogo, pelo fogo seria destruído, o que fosse passível de impacto, sofreria com engenhos contundentes, diz-se que os campos foram salgados e a população foi morta ou escravizada.
Cartago foi completamente saqueada e varrida do mapa. No seu lugar, Roma estabeleceu uma nova província que passaria a desempenhar um importante papel na África.
Dizem que Cipião Africano, ao fim da Segunda Guerra Púnica, chorou ao ver a destruição e abusos romanos sobre Cartago. Imagino o que teria feito ou pensado se visse o realizado durante a Terceira Guerra Púnica, a destruição total de Cartago, assim como o massacre dos cartagineses.

5. LEGADO DAS GUERRAS PÚNICAS
Após 3 guerras, Roma havia se expandido de maneira incrivelmente rápida e poucas vezes vista na história.
Antes das Guerras Púnicas, Roma ainda se encontrava basicamente na península Itálica. Após as guerras contra Cartago Roma era senhora absoluta do mar Mediterrâneo a partir do seu maquinário de guerra.
Seu vasto império se estendia sobre a Grécia e a Macedônia de Filipe V, havia conquistado a Hispânia de Viriato e sua guerrilha e outros após a expulsão cartaginesa.
Se pensarmos por uma perspectiva mais ampla, a vitória sobre Cartago abriu caminhos para que os romanos se tornassem ainda mais poderosos e passassem a influenciar grande extensão territorial, podendo transmitir muito de seu legado cultural ainda hoje presente no Ocidente:
Por exemplo, muitas línguas faladas hoje são derivadas do latim, assim como o sistema jurídico de diversos países ocidentais é constituído a partir das bases do direito romano”. (GARRAFFONI, 2011, p. 73)
Roma, com seus feitos, gloriosos ou não, moldou um mundo de tal forma que personalidades que variam de Michelangelo, o pintor renascentista, ao imperador Napoleão Bonaparte, glorificaram a história romana como exemplo.
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