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Batalhas Históricas

Guerras Médicas: Causas e batalhas (Resumo)

Guerras Médicas, conflitos entre gregos e persas, vencido de modo heroico pelos gregos unidos contra a maior potência da época, a Pérsia. Resumo.


guerras médicas gregos e persas
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Escrito por Eudes Bezerra
Leitura: 7 minutos
guerras médicas gregos e persas
Guerras Médicas, conflitos entre gregos e persas, vencido de modo heroico pelos gregos unidos contra a maior potência da época, a Pérsia. Resumo. Créditos: autoria desconhecida.

Guerras Médicas, conflitos entre gregos e persas que poderiam ter alterado substancialmente a sociedade ocidental. De modo habilidoso e heroico, os gregos unidos conseguiram vencer batalhas decisivas contra a potência da época (Pérsia) e garantir o espaço para o florescimento de institutos, como a democracia grega.

A tropa persa foi derrotada em Maratona, em 490 a.C., levando Dario a fazer planos para a conquista total da Grécia.

Em 480 a.C., o plano foi posto em prática pelo seu filho e sucessor Xerxes, mas fracassou fragorosamente quando os gregos derrotaram a frota persa em Salamina e depois o exército persa em Plateia. (WOOLF, 2014, p. 33)

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Boa leitura!

SUMÁRIO

1. O que foram as Guerras Médicas?
2. Guerras Médicas: Primeira Parte
⠀⠀2.1 Interesses em comum e conflitos
⠀⠀2.2 Batalhas, a união grega e o desfecho
⠀⠀2.3 Os dois estrategistas
3. Guerra Médicas: segunda parte
⠀⠀3.1 Xerxes e o início da segunda parte das Guerras Médicas
⠀⠀3.2 Liga de Delos e a continuação da guerra
⠀⠀3.3 Batalha de Salamina
⠀⠀3.4 O líder Pausânias
4. Herança das Guerras Médicas
Referências

1. O QUE FORAM AS GUERRAS MÉDICAS?

As Guerras Médicas, também conhecidas como Guerras Greco-Persas, são nomes dados aos conflitos que ocorreram entre os gregos antigos e o Império Aquemênida dos descendentes de Ciro, o Grande, considerada a primeira super potência da História.

Essa guerra aconteceu durante a colisão entre a fragmentação do mundo político grego, formado por aqueus, dórios, eólios e jônios, e o grande império persa (o maior da época).

A disputa começou pela cidade da Jônia, na Ásia Menor, quando houve a tentativa de algumas colônias gregas se livrarem do domínio persa.

grego e persa lutando nas guerras médicas
Guerreiros persa e grego em combate. Crédito: autoria desconhecida / Wikimedia Commons.

2. GUERRAS MÉRIDAS: PRIMEIRA PARTE

 2.1 Interesses em comum e conflitos

Os persas tinham o objetivo de expandir o seu império, o Império de Aquemênida, seguindo a direção ocidente, e, os gregos continham, por várias vezes, as invasões persas.

Na mesma época, os gregos também estavam a caminho de expandir, principalmente na direção do oriente.

Foi esse movimento de expansão, dos dois lados, que gerou conflitos, disputas e revoltas, iniciadas com a colonização dos gregos em Jônia.

Outro fator muito importante nessa disputa, era a vontade de controlar o comércio marítimo da região, já que era uma atividade fundamental tanto para os persas quanto para os gregos.

Sendo assim, essas disputas iam além do domínio pelas terras, pois o processo de expansão necessitava do controle das rotas marítimas e do comércio.

O controle do Mar Negro e do estreito de Bósforo era essencial para ter a certeza do fornecimento do trigo e de materiais de sobrevivência básica.

Era natural o controle de atividades marítimas para os gregos, por outro lado, os persas também desenvolviam habilidades sobre o oceano para que pudessem se expandir até as terras da Europa Central.

Os persas tinham como aliados os fenícios e egípcios, que também dominavam a navegação (eram mestres na verdade).

imortais persas nas guerras médicas
A elite persa era uma unidade bem armada e disciplinada composta por 10 mil soldados (era bem maior na verdade). O nome Imortais vem do fato de que toda vez que um membro da unidade era posto fora de batalho (ferido ou morto) outro era enviado ao seu lugar. Com isso, dava a impressão de que não terminava nunca, sendo assim chamados de Imortais. Créditos: Filme 300 (EUA; Snyder; 2006).

2.2 Batalhas, a união grega e o desfecho

A primeira Guerra Médica é marcada pela vitória dos gregos após inúmeros conflitos, em que os persas se consagravam vencedores, porém, para vencer uma guerra, é preciso vencer mais do que batalhas.

Portanto, em 490 antes de Cristo, a Grécia vence a primeira Guerra Médica. Atenas conseguiu fazer com que o povo persa se afastasse da região na batalha que foi nomeada de Batalha de Maratona.

O que foi essencial para que a vitória fosse conquistada pelos gregos recai sobre a Liga de Delos.

Ao se ver ameaçada, Atenas, para defender toda Grécia, fez com que todas as cidades-Estados se unissem em uma aliança. Até mesmo a orgulhosa e poderosa cidade-Estado de Esparta fez parte dessa união.

Desta forma, quando as polis gregas se uniram, a vitória contra os persas foi garantida.

2.3 Os dois estrategistas

Os dois estrategistas gregos, Milcíades e Temístocles, disputavam na política e intelectualmente.

Temístocles tinha como objetivo a proteção do Porto de Pireus e investir na marinha, já Milcíades queria criar uma estratégia que defendesse por terra.

A liderança, contra os persas, ficou por conta de Milcíades que deixou sob responsabilidade de Felípedes a tarefa de anunciar em Esparta a chegada dos persas.

Dizem que Felípedes correu mais de 200 quilômetros, em apenas 1 dia, para cumprir essa função.

3. Guerra Médicas: segunda parte

 3.1 Xerxes e o início da segunda parte das Guerras Médicas

Devido ao fato de Milcíades ter liderado os gregos para a vitória na primeira Guerra Médica, o estrategista de guerra conseguiu poder.

Quando a Batalha de Maratona teve seu fim, a frota de Milcíades foi colocada em algumas ilhas do Mar Egeu, e passou a cobrar tributos de habitantes que viviam por lá.

Essa postura foi condenada pelos habitantes de Atenas que perderam a confiança no intelectual e começaram a vê-lo como um tirano.

Durante esses acontecimentos, os persas estavam sendo liderados por Xerxes e, após alguns conflitos, preparou-os para voltar a disputa contra os gregos.

10 anos após a Grécia vencer a Batalha de Maratona, em 480 antes de Cristo, Xerxes e os persas retornaram à Grécia com um exército muito maior.

3.2 Liga de Delos e a continuação da guerra

Devido a Liga de Delos, os gregos estavam prontos para receber e conter os persas que estavam preparados para atacar.

Nessa segunda parte das Guerras Médicas, os persas possuíam a vantagem de ter muito mais soldados em seu exército, porém os gregos tiveram uma estratégia melhor para vencer os persas.

Quando o exército de Xerxes entrou na península, as tropas helênicas detiveram o exército invasor no desfiladeiro das Termópilas (a famosa batalha em que Leônidas lutou por três dias), que era um local que dificultava o uso da cavalaria pelos persas.

Devido a essa condição, os persas precisaram recuar e avançaram contra os gregos utilizando a retaguarda, e, para fazer com que isso desse certo, Xerxes precisou da ajuda de gregos traidores, que também ajudaram guiando o exército da Pérsia pela Grécia.

Devido a esses acontecimentos, e com receio dos persas invadirem, os gregos decidiram que o melhor era evacuar Atenas, a cidade mais importante da Grécia, e deram proteção para idosos, mulheres e crianças na Ilha de Salamina.

As tropas de Xerxes conseguiram invadir Atenas e incendiaram prédios e monumentos de grande importância, destruindo a cidade toda.

batalha das termópilas nas guerras médicas
Batalha das Termópilas, onde poucos gregos conseguiram deter o avanço do gigantesco exército persa por três dias. Créditos: autoria desconhecida.

3.3 Batalha de Salamina

Desta maneira, os gregos tiveram que ser conduzidos por Temístocles, que foi responsável por traçar a estratégia que atrairia os persas e provocou o conflito, que é conhecido como Batalha de Salamina.

Salamina é uma ilha e o combate aconteceu no mar, um ambiente muito vantajoso para as tropas gregas, que venceram a batalha demonstrando grande habilidade.

3.4 O líder Pausânias

O que Temístocles realmente queria era que a batalha entre persas e gregos passasse a acontecer na Ásia Menor, porém não era de desejo de Esparta que isso acontecesse.

Os espartanos temiam que houvesse uma invasão dos persas no Peloponeso, a região que era deles, portanto, a guerra não saiu do território grego.

O que foi encontrado pelos persas no lado oposto, após a invasão da Ática, era o exército de Atenas e o forte exército dos espartanos, que era liderado por Pausânias.

Assim, Pausânias foi o responsável por conquistar a vitória contra os persas, que finalmente se retiram da região grega.

Batalha de Salamina Guerras Médicas
Representação da decisiva Batalha de Salamina, onde os gregos arruinaram a frota persa em uma emboscada naval. Sem a frota, os persas foram obrigados a se retirar da Grécia por não conseguir suprir seus exércitos em terra. Créditos: Wilhelm von Kaulbach. Obra constante na Fundação Maximilianeum, Munique, Alemanha.

4. Herança das Guerras Médicas

 A democracia nasceu devido ao poder que Atenas desenvolveu após o fim das Guerras Médicas.

Foi nesse cenário também, que Esparta decidiu abandonar a Liga de Delos, que resultou na fundação da Liga de Peloponeso.

Anos depois, as duas ligas se chocaram em anos de conflito que acabou conhecido por Guerra do Peloponeso, onde nunca mais a Grécia se reergueria e seria dominada pela nova potência: a Macedônia de Filipe II e Alexandre, o Grande.

Sendo assim, as Guerras Médicas causaram grande impacto na história do homem e asseguraram a cultura grega que é um dos pilares da sociedade ocidental.


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REFERÊNCIA(S):

CUMMINS, Joseph. As Maiores Guerras da História. trad. Vania Cury. Rio de Janeiro: Ediouro, 2012.
GIORDANI, Mário Curtis. Antiguidade Clássica I: História da Grécia. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1972.
GIORDANI, Mário Curtis. História da Antiguidade Oriental. 13 ed. Petrópolis: Vozes, 1969.
WOOLF, Alex. Uma nova história do mundo. São Paulo: M. Books do Brasil Editora Ltda, 2014.
RATHBONE, Dominic. História ilustrada do mundo antigo: Um estudo das civilizações da Antiguidade, do Egito dos faraós ao Império Romano, passando por povos das Américas, da África e da Ásia. trad. Clara Allain. São Paulo: Publifolha, 2011.
VINCENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2002.
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Eudes Bezerra

35 anos, pernambucano arretado, bacharel em Direito e graduando em História. Diligencia pesquisas especialmente sobre História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever, planejar e principalmente executar o que planeja. Na Internet, atua de despachante a patrão, enfatizando a criação de conteúdo.

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